Criado em 1967 por um trio de apaixonados pela publicidade, leia-se este editorialista, Elóy Simões e Cícero Silveira, mais do que pioneiro, o Colunistas é um prêmio da propaganda brasileira que se mantém descolado e com boa reputação. Lançada com a essência de ter em seu júri a participação de jornalistas do trade, a premiação rapidamente caiu no gosto dos publicitários, que viram valor em um reconhecimento vindo de profissionais especializados.
Não sabemos se todos do mercado conhecem essa passagem, talvez os mais jovens não, por isso vale a pena contar de novo, mas Nizan Guanaes, fundador da N.Ideias e de tantas outras agências icônicas, como a Africa, foi praticamente “descoberto” pelo Colunistas. A partir daquele primeiro diploma do Colunistas (o troféu da premiação é um diploma mesmo) que recebeu ainda como jovem redator na então DM9 da Bahia, a carreira de Nizan decolou. Veio para São Paulo e o restante da história todos sabemos.
Sinônimo de reconhecimento importante, um dos diferenciais do prêmio para outros do mercado é a realização da premiação e a avaliação dos trabalhos feitas separadamente por regionais, dando luz aos talentos locais, como foi o caso de Nizan em Salvador, na Bahia. Hoje, são cinco: Brasília, Minas Gerais e Espírito Santo; Centro-Leste e Rio de Janeiro; Norte-Nordeste; São Paulo e Sul.
Mas, depois de tantos anos de história, é natural que o prêmio seja repaginado. Sem deixar de lado a tradição que o trouxe até aqui, mas mirando o futuro, as novas demandas atuais do mercado, o Colunistas passa por uma profunda reformulação, com várias mudanças no lançamento da edição 2025: novo sistema de inscrição, nova identidade visual, novo site e layout modernizados, bem como gestão centralizada no propmark.
Uma das grandes transformações foi a digitalização do sistema de inscrições e de votação, que até então dependia de um software próprio. A nova marca do prêmio é outra “cereja do bolo” entre as novidades. A WMcCann Rio criou a nova marca, concebida pelo designer e diretor de criação associado Felipe Gomes.
Com cores em verde neon e laranja para traduzir inovação e entusiasmo, a marca recém-lançada traz um ‘C’ do Colunistas reinterpretado, remetendo à criatividade, campanha, conceito e conexão. “A nova marca conversa com o mundo digital, trazendo reminiscências da icônica criada em 1967 por Francesc Petit, o P da DPZ”, observou Tiago Ferrentini, diretor-executivo do propmark.
Outra mudança importante é que, a partir desta edição, o propmark passa a coordenar o Colunistas São Paulo e o Colunistas Brasil, centralizando a comunicação com as agências. “A centralização no propmark possibilitará termos um canal de comunicação único com o público das diversas regionais da premiação, podendo tratar com mais agilidade cada dúvida que surgir”, ressaltou o diretor-executivo.
Com inscrições abertas até 15 de dezembro, a edição de 2025 do Prêmio Colunistas salta aos olhos em meio à atual safra de premiações, trazendo uma modernização que dialoga com um mercado em transformação, e tornando-se uma plataforma online intuitiva. Confira em premiocolunistas.com.br.
TV 3.0
Especial desta semana aborda a chegada da TV 3.0 ao Brasil, cuja estreia está prevista para junho de 2026, coincidindo propositalmente com o início da Copa do Mundo. A ideia é aproveitar a grandiosidade do evento da Fifa para o pontapé inicial da DTV+, que une “o melhor de dois mundos”, ao integrar a personalização do OTT (Over the Top) com o vasto alcance do OTA (Over the Air).
Os líderes de emissoras ouvidos pela reportagem avaliam que será uma verdadeira revolução. Para Alarico Naves, superintendente-comercial multiplataforma da Record, a nova tecnologia vai potencializar os resultados de negócios e consolidar a TV como protagonista no ecossistema de mídia e comunicação do país.
Frase
“Tome cuidado com a aridez de uma vida ocupada” (Sócrates).
Armando Ferrentini é publisher do propmark