O filme homônimo que dá título a esse editorial, um clássico do magistral Federico Fellini, mostra que seguir em frente é mais do que uma necessidade. É responsabilidade dos líderes em qualquer ramo.

O mercado de publicidade também está nesse escopo. Porque é uma ferramenta da ciência do marketing para elevar a produção de produtos, conhecimento das marcas e subir a cotação das ações das empresas nas bolsas de valores por meio da construção de reputação.

Um bom exemplo para o trade seguir na rota estratégica de crescimento de negócios é o do corredor Vanderlei Cordeiro de Lima. Nos Jogos Olímpicos de Atenas, ele liderava a maratona, no país que inventou a modalidade. Ganhar seria um prêmio duplo. Porém, quando estava próximo do fim da prova, o brasileiro foi agarrado por um irresponsável ex-padre irlandês e perdeu a chance de vencer a maratona.

Qual foi a decisão de Vanderlei? Ele seguiu em frente. E chegou em terceiro lugar na prova. Essa opção de Vanderlei proporcionou uma reputação tão grande que, mesmo com a medalha de bronze, construiu uma fama maior do que todos demais vencedores dessa Olimpíada. E foi condecorado pelo COI com a inédita medalha Pierre de Courbertin para o nosso país, cujo povo não desiste nunca.

A nave da publicidade tem propulsores e estrutura para não ficar à deriva como o Titanic, título de outro sucesso do cinema, dirigido por James Cameron. Os profissionais do segmento têm a boia e, também, a corda para puxar para dentro da embarcação quem estiver afundando nesse mar de incertezas institucionais.

Não se pode culpar a Covid-19 por tudo. A publicidade logo trouxe novas abordagens para as marcas. Ela é uma atividade visionária que, como uma Fênix, renasce das cinzas. Sempre.

Essa capacidade é atávica, hereditária, perene. A publicidade e o
marketing não têm rancor. Têm solução para os problemas mercadológicos de marcas, produtos e serviços. Quer pelo viés institucional e, óbvio, promocional, branding, digital, mídia, reputação etc.

A construção do mercado tem alicerces nas experiências passadas. Só assim se planeja e se constrói o futuro. O que seria da icônica W/Brasil de Washington Olivetto sem o aprendizado com a DPZ de Roberto Duailibi, José Zaragoza e Francesc Petit? E a DM9 do Nizan Guanaes sem o histórico de Duda Mendonça? E a carreira de Sérgio Amado no WPP sem o coaching de Celso Japiassu na Denison? E Roberto Medina, na Artplan, sem o respaldo do pai Abraham Medina?

A economia reage quando há geração de otimismo. E a publicidade não tem espaço para discursos pessimistas. Por isso, o artigo Publicitários no Conselho, assinado por Flavio Waiteman na edição do dia 31 de janeiro do PROPMARK, é uma advertência para que esse instrumento de gestão das grandes empresas também tenha a presença desses homens visionários.

Em entrevista para o PROPMARK, o presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), o publicitário Mario D’Andrea, traçou um quadro otimista para 2022. Em sua avaliação, muitos projetos estão saindo da gaveta e outros estão sendo encomendados às agências. Ele mesmo está abrindo uma agência na estrutura do Grupo OM (Opus Múltipla), a D’OM, com ótimas expectativas para o futuro.

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Luxo & marketing
Matéria de capa desta edição traz um retrato de como as marcas de luxo estão bem posicionadas no mercado, têm na personalização do seu relacionamento com os consumidores o pilar de uma estratégia de marketing pra lá de chique, que as fazem sair na frente de anunciantes líderes de outros mercados.

É do mundo da moda que muitas tendências são alardeadas. O segmento foi o primeiro a entrar no metaverso, por exemplo. A italiana Guggi está no Roblox com instalações artísticas virtuais como a House’s Gucci Garden Archetypes, a Louis Vuitton lançou coleção no League of Legends (LOL), e a Vans trouxe o Vans World, ambiente de skate no Roblox.

Times menores e produtividade também formam uma combinação de características e atributos que tornam as marcas de luxo capazes de antecipar os movimentos de mercado com mais ritmo. Uma
das habilidades intrínsecas ao luxo, dizem os especialistas, é a disposição em domar preconceitos sobre o que as pessoas fazem com o próprio dinheiro, e ser capaz de transformar emoção em ferramenta de gestão.

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Repetição de campanhas
Outro destaque é a reportagem sobre as estratégias de comunicação de marcas que optam por repetição e reedição de personagens em campanhas. Tem um ditado que diz “A repetição é a mãe da retenção”. Reside nesse conceito a arma que muitas empresas usam para se fazer sempre presentes na cabeça e no coração do consumidor. Publicitários comentam sobre o tema.

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Marketing de experiência
Na seção Entrevista desta semana, o diretor de comunicação e marketing da Audi no Brasil, Cláudio Rawicz, fala sobre o conceito global da marca de automóveis, Living Progress, que tem por objetivo colocar as pessoas como foco principal da comunicação. Para isso, a empresa vem investindo cada vez mais em marketing de experiência.

“Com esse posicionamento, a marca cresceu em prestígio e imagem”, diz ele. Uma das principais ações da Audi em 2021 foi a abertura da  House of Progress, em São Paulo, a terceira no mundo com o conceito de ser um hub de conteúdo e experiências. Segundo o executivo, a casa ampliou o conhecimento e o desejo pela marca, e pode ter uma segunda edição neste ano.

Outra prioridade da Audi é lançar 30 novos produtos elétricos e eletrificados no mundo até 2025 e o Brasil segue essa tendência. A partir de

2026, a meta é não lançar produto que não seja elétrico e, a partir de 2033, nenhum carro será vendido sem ser 100% elétrico.

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Nova agência
Há seis meses na vice-presidência de integração do grupo paranaense

OM (OpusMúltipla), o publicitário Mario D’Andrea lança junto com a holding a D’OM, em sociedade com Felipe Cuvero e o designer Zeh Henrique Rodrigues, que vai atuar como consultoria criativa e publicidade com o suporte das outras empresas do OM, marcando a entrada do grupo em São Paulo.

“Nosso slogan é Soluções Improváveis. Como hub de serviços, vamos unir expertises. A ideia é entrar em SP com algo diferente. No nosso modelo, a compra de mídia não é o mais importante. Mas a entrega de qualidade é para surpreender, para sair das fórmulas pré-fabricadas. Também vamos contratar, mas sempre de acordo com o projeto. O grupo tem cases como a criação de supermercado do zero. E interlocução sênior”, finaliza D’Andrea.

Desejamos sucesso!