Se a oportunidade bater em sua porta, mesmo que você não saiba e desconfie do que e de quem possa ser, abra. Se não bater – e não tem batido ultimamente, construa uma porta, como nos ensinou o humorista Milton Berle.

José Ortega Y Gasset, jornalista e filósofo espanhol repetiu à exaustão e pela vida, “Eu Sou Eu Mais as Minhas Circunstâncias”.

E hoje, todos os experientes e sensatos, e sensíveis, também, param de se vangloriar e comemoram as graças e conquistas decorrentes das circunstâncias. Em algumas situações, a circunstância, se chama... amor!

Semanas atrás, a emblemática história de um profissional de tecnologia que, por amor, trocou computadores por coxinhas. Quem diria, em tempos em que profissionais mergulham e dão tudo para prosperar na tecnologia, uma exceção. De quem trocou, feliz, a tecnologia, por... coxinhas.

Pernambucano, Livio Teobaldo, 42 anos, em 2005, deixou o Recife para trabalhar em São Paulo no território de sua formação – ciência da computação.

Casou, sua mulher passou em um concurso em Pernambuco, e decidiu seguir junto.

Poucas oportunidades em seu território, aceitou um emprego por 50% a menos do que ganhava – o que foi uma sorte – porque não desgrudou seus olhos para outras e eventuais oportunidades.

Em 2013, decidiu arriscar. Comprou uma franquia de sorvetes, a MR MIX. Aprendeu a arte e ciência de escalar mediante a modalidade franquia de se construir negócios.

Observando o comportamento nosso, brasileiros, e não obstante o calor, descobriu como adoramos salgadinhos. Comemos muito mais empadinhas e coxinhas do que tomamos sorvetes.

Decidiu, depois de muita pesquisa e maiores reflexões, começar um business de... isso mesmo... coxinhas! E nasce a Coxinha no Pote.

Abre uma primeira unidade em 2014. E no primeiro dia de funcionamento precisou fechar a loja antes das 4 da tarde por falta de coxinha...

Em 2018, são cinco lojas, hoje 39 – 21 abertas, 12 em implantação e 6 com contrato fechado e em busca de local.

Por enquanto, as lojas da Coxinha no Pote estão apenas em Alagoas, Paraiba, Rio Grande do Norte, além de Pernambuco...

Nos últimos 12 meses um faturamento de R$ 13 milhões... Provavelmente, e dos que lerem este artigo, alguns vão se candidatar a franqueados...

A canção tema do fantástico musical Chorus Line, começa dizendo, What I Did For Love... Foi o que aconteceu com Teobaldo.

Por amor, voltou pra Pernambuco, e descobriu, na volta, uma mina de ouro chamada Coxinha, no Pote, independentemente de sua formação como tecnólogo...

No caso de Teobaldo, e por uma questão de amor, mesmo a oportunidade não tendo batido em suas portas, ao intuir que acompanhar sua mulher poderia ser colocar-se numa situação em que a oportunidade o encontraria, seguiu em frente.

Intuitivamente fez o que o comediante americano Milton Berle sempre recomendou, “Se a oportunidade não bater, construa uma porta...”.

Seguir seu amor e deixando sempre a intuição ligada foi a porta que Teobaldo construiu... até ouvir o canto não do galo, das galinhas... E espero, do mais fundo do meu coração, que sejam felizes para sempre...

“Kiss today goodbye/ The sweetness and the sorrow/ We did what we had to do/ And I can’t regret what I did for love what I did for love...”

Coxinhas!

Francisco Alberto  Madia de Souza é consultor de marketing
fmadia@madiamm.com.br