No próximo dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 469 anos. Principal cidade da América Latina, a capital paulista é também considerada a meca da economia criativa. Nela, estão as sedes das principais plataformas de comunicação, como Google, Meta e Twitter, e onde também estão instaladas as agências de publicidade líderes no mercado e os maiores anunciantes do país.

“A publicidade é a indústria de ponta da economia criativa, sinônimo de inovação. Hoje, é muito difícil ter a atenção das pessoas. Publicidade é atenção. Por isso precisa ser criativa e respeitosa. Os parâmetros do Conar, na era da economia de atenção, mostram que a cidade é o berço da publicidade brasileira por absorver talentos de todo o país. Aqui a publicidade é muito forte e inspira outras cidades. A publicidade brasileira representa muito a alma de São Paulo”, destaca Luiz Lara, presidente do Cenp.

Com um PIB de R$ 748 bilhões e 12 milhões de habitantes,  a cidade também é polo de produção audiovisual, contemplando não só as produções musicais fonográficas como também cinematográficas e publicitárias. Só em 2021, do total de registros de obras publicitárias da Ancine (38.538), São Paulo representou 32% do share.

“Esses dados refletem a potência criativa da cidade para a produção audiovisual. O número de associadas da Apro com sede na capital paulista também reforça esse protagonismo. Atualmente, temos um total de 101 produtoras associadas, sendo que 88 são paulistanas. Um dos principais fatores que fazem de São Paulo a cidade do mercado audiovisual é também sua enorme diversidade étnica”, observa Marianna Souza, presidente-executiva da Apro (Associação Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais).

Centro financeiro do país, São Paulo também é considerada a capital do entretenimento. Com seus inúmeros museus, exposições de arte, bares e restaurantes, a cidade tem atrações para todos os gostos. Mas o que vem chamando mais a atenção nos últimos tempos é a capacidade de abrigar grandes shows musicais. Os eventos deste ano já começam a criar forma e 31 deles estão no radar da Prefeitura de São Paulo. Festivais, datas comemorativas e eventos de diferentes origens fazem parte do calendário da cidade.

O primeiro grande evento aguardado pelo público em 2023 é o Carnaval de Rua, uma vez que o último ocorreu em 2020 devido à pandemia da Covid-19. Para alegria não só dos foliões, como também do comércio, rede hoteleira, bares e restaurantes, já que o samba atrai muitos turistas, para desmentir o “decreto” que vigorou por décadas a fio de que “São Paulo é o túmulo do samba”. Nem do samba nem do rock nem da música eletrônica.

O Festival Lollapalooza Brasil, programado para ocorrer entre 24 e 26 de março, é um dos exemplos. A cidade vai abrigar ainda The Town, entre 2 e 10 de setembro, novo festival de música, cultura e arte dos mesmos criadores do Rock in Rio.

No próprio dia 25, em meio às diversas atividades em comemoração aos 469 anos da cidade, será realizada a segunda edição do Festival Cidade do Futuro, que vai reunir competições de dança de rua, oficinas artísticas, exposições de filmes e oficinas criativas, além de mais de 40 arenas futuristas para debater o futuro da cidade.

Livros
Uma boa notícia para o mercado de livros: as plataformas digitais estão ajudando a incentivar o hábito da leitura no país, principalmente entre os mais jovens. No TikTok, a comunidade BookTok virou febre com recomendações de títulos por criadores de conteúdo literário. O brasileiro lê uma média de 2,6 livros ao ano. As versões impressas (67%) predominam na comparação com o livro digital (17%).

Armando Ferrentini é publisher do PROPMARK