O que mais distingue os racionais (humanos) dos irracionais (bichos de toda espécie) é, sem dúvida, o significado dessa palavra mágica que é comunicação, na sua principal característica que se resume na fala e na escrita.

Um irracional pode se comunicar com um ser humano, usando meios que não contemplam as palavras faladas e escritas. E a principal ferramenta de comunicação entre nós, seres humanos, reside exatamente nesses dois vocábulos, que podem ser auxiliados quando necessário pelo gestual, mas quase sempre como exceção.

No dia 7 de junho, tivemos a comemoração de mais uma data celebrando a comunicação, em um momento crítico em nosso país, por conter um importante fato da democracia, que são as eleições, este ano ainda mais valiosas, por serem gerais, começando pela escolha do novo presidente da República, desta feita, segundo as pesquisas dos institutos de opinião, mais importantes devido ao embate ideológico.

Em primeiro e segundo lugar nas consultas à opinião pública do nosso país, vão se defrontar quem já ocupou o cargo por dois períodos seguidos e o atual presidente da República, pela primeira vez, almejando novamente o mandato.

Com a aproximação das eleições, remetemos nossos leitores ao último 7 de junho, Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, enaltecendo o trabalho da Rede Globo na apresentação de um especial do Jornal Nacional, que lembrou os 45 anos da data.
Foram reproduzidas várias importantes opiniões de personalidades da vida brasileira, com algumas críticas aos ataques pessoais entre os principais pretendentes ao cargo (segundo as pesquisas) e aqui lembramos uma expressão cunhada por um político de São Paulo, conhecido pelos ataques da oposição à sua desonestidade, sempre por ele desmentida, repetindo um bordão que ficou famoso na época e pode ter influenciado os eleitores, que lhe deram a vitória em outros cargos que não o de presidente da República, mas por ele sempre utilizado: “Falem mal, mas falem de mim”.

A frase, que ficou famosa, passou a ser um jargão a partir daí para alguns outros candidatos, disputando eleições para diversos cargos.

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Cabeças brancas
Matéria de capa desta edição traz os depoimentos de profissionais do mercado com mais de 50 anos, que falam se sofrem algum tipo de preconceito por causa da idade e sobre as transformações que assistiram na publicidade. Levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que o etarismo já atingiu 16,8% dos brasileiros com mais de 50 anos, seja de forma velada ou explícita.

Infelizmente, é comum pessoas nessa faixa de idade ouvirem comentários desagradáveis, como se fossem “brincadeiras”, sobre o envelhecimento, ou, pior, descobrirem que perderam oportunidade de emprego por causa da idade. Como aconteceu com o diretor de criação da Publicis, Carlos Castelo, que soube que foi preterido para uma vaga numa grande agência porque o responsável pela seleção disse a quem o indicou, com ironia: “Não, cabelo branco demais”.

Apesar de a discriminação por faixa etária ainda ser uma realidade presente no mercado publicitário brasileiro, os entrevistados garantem que colegas mais jovens mostram uma mentalidade cada vez menos preconceituosa em relação ao tema. Além disso, a disseminação de políticas afirmativas e de inclusão nas redes sociais tem ajudado a reforçar esse novo comportamento no ambiente de trabalho das agências.

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Boas práticas
Em entrevista ao PROPMARK, Heloisa Santana, presidente da Ampro (Associação de Marketing Promocional), comenta a respeito da campanha Estamos ESGotados, que chama a atenção do mercado para as concorrências job a job e longos prazos de pagamento, chegando a 120 dias, entre outras dores do setor. A boa notícia é que pesquisa da entidade mostra crescimento dos negócios para as agências de live marketing, com a retomada dos eventos presenciais.

Armando Ferrentini é publisher do PROPMARK