Estamos ingressando em 2025, quando se completam 20 anos desde a partida do mais sensacional, fantástico, iluminado algoritmo humano – humano – em gestão, empresas e negócios de todos os tempos. Absolutamente único. A quem convidei, e emocionado aceitou, ser o patrono da Academia Brasileira de Marketing, poucas semanas antes de sua partida.
Isso posto, neste último artigo de 2024, celebro o ser humano que, com sua inteligência, empatia, generosidade, mudou a história das empresas e dos negócios, e do mundo, para melhor, para muito melhor.
Quando convidei Drucker para ser patrono da Abramark, pedi autorização a ele para somar alguns de seus principais ensinamentos, no que batizei como “Os Mandamentos, e Os Sacramentos da Administração Moderna e sua Ideologia, o Marketing”. Submeti à apreciação do mestre, que me respondeu, feliz e emocionado: “Obrigado, Madia, mais que aprovado, já deveria ter feito isso antes”. Isso posto, e com vocês, encerrando este ano de 2024, e com votos de um ótimo 2025, uma pequena síntese da monumental obra de Peter Ferdinand Drucker.
Os Sacramentos da Administração Moderna e de sua Ideologia, o Marketing
“Nem os resultados nem os recursos existem dentro das empresas. Ambos estão localizados fora.
Resultados são alcançados pelo aproveitamento de oportunidades, e não pela solução de problemas.
Assim, e para produzirem resultados, os recursos precisam ser destinados às oportunidades, jamais aos problemas.
Resultados econômicos são conquistados exclusivamente pela liderança, não apenas pela competência.
Qualquer posição de liderança é transitória e provavelmente de curta duração.
O que existe está se tornando velho.
O que existe tem enorme possibilidade de ser distribuído de forma errada.
A concentração representa a chave para resultados econômicos reais.”
Os Mandamentos da Administração Moderna e de sua Ideologia, o Marketing
“O que as pessoas nas empresas imaginam conhecer sobre os clientes e o mercado é mais provável estar errado do que certo.
O que um cliente compra é, raramente, o que uma empresa pensa estar lhe vendendo...
Assim, e por decorrência, produtos e serviços que a empresa define como concorrentes não o são, necessariamente.
Aquilo que a empresa imagina ser o aspecto mais importante de um produto, via de regra, não tem o menor significado para o cliente.
A racionalidade dos clientes sempre é diferente da racionalidade das empresas fabricantes, ainda que na aparência até possam se assemelhar.
Nenhum produto ou empresa isoladamente tem a menor importância para o mercado.
Cliente não é quem compra. É quem toma a decisão de comprar.”
PS, no exato momento em que o mundo, empresas, negócios, enfrentam a maior crise estrutural da história da humanidade, o mantra para todos os planejamentos daqui para frente, e em decorrência do tsunami tecnológico, é a lição magna e definitiva do adorado mestre, a maior dentre todas as gigantescas que nos deixou:
“A melhor forma de planejar o futuro é construí-lo.”
Feliz Natal, ótimo 2025!
Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing
fmadia@madiamm.com.br