Cada vez que participo de um evento me vem à cabeça a máxima 'quem procura, acha' e desta vez não foi diferente. Após uma bem-sucedida incursão na IMEX Frankfurt, em maio, acabei de voltar de três dias da edição América da feira dirigida a organizadores de eventos, empresas, viagens de negócios e profissionais do setor, onde me deparei com o que posso chamar de 'IMEX da retomada'.

No badalado número 3950 da Las Vegas Blvd, mais de 5.000 buyers circularam pelo Mandalay Bay Convention Center, e a maior delegação brasileira dos últimos tempos, com cerca de 300 profissionais de eventos, fez bonito todos os dias. Ali, ao vivo, pude estar em contato com gente de todo o mundo e me deparar com um sem-fim de diversidade, equidade e conteúdo que online algum pode proporcionar.

Do impacto global dos eventos, passando pelo lixo cenográfico e de como empregar sua melhor reutilização, até como fazer eventos verdadeiramente verdes, a sustentabilidade norteou toda a feira e confesso que me senti como 'Tistu, O menino do dedo verde', clássico literário de Maurice Druon, andando pelos corredores da IMEX. E o mote não ficou apenas no âmbito das palavras. Por todos os cantos do pavilhão viam-se filtros para o reabastecimento de garrafas reutilizáveis para evitar o consumo de garrafas de plástico e tudo por lá era feito a partir de material reciclado, até mesmo os brindes que estavam carinhosamente sendo entregues.

Com o altruísmo em alta e ávido por informação, uma enxurrada de novidades tecnológicas eram apresentadas na tela da vida real. Conferi, por exemplo, da apresentação da Campfire, que apresentou uma ferramenta que consegue capturar em toda a internet e nas redes sociais o rosto de quem estava em determinado evento, para saber até onde o evento chegou. Rastreabilidade melhor impossível, mostrando o que está acontecendo, como está acontecendo e em que formato está acontecendo. Tudo minuciosamente bem pautado em uma série de collabs que aconteceram com todos os fornecedores e que poderiam nunca mais terminar.

Um bom exemplo dessa dinâmica foi a da rede Hyatt de hotéis, que levou para o Mandalay uma cozinha full sustentável, mostrando que tudo pode e deve ser reutilizável. Na ação, foi apresentado o que fazer com o que sobrou da preparação aquele delicioso prato de fritas: o que podemos fazer com a casca, com o broto... como podemos aproveitar tudo isso. Indo além, abordaram até onde a batata era plantada e até mesmo se continha ou não defensivos agrícolas. Digam aí, é ou não muito legal a pegada?

Já que estava em Vegas com Ana Carolina Medeiros, diretora de relacionamento do Grupo MM Eventos, por que não experimentar a magia dos eventos in loco? E lá fomos nós, profissionalmente e como apreciadores de boa música, assistir o grupo na Las Vegas Sphere, arena de recém-inaugurada que custou US$ 2,3 bilhões, que era um dos empreendimentos do ramo de entretenimento mais aguardados no mundo. Maestria em organização e logística é o mínimo que consigo expressar sobre a experiência única que foi conhecer o local. Que Bono Vox não ouça, mas desta vez ele não foi o centro da minha atenção.

Foram três dias memoráveis, acreditem. E o que trouxe na bagagem não precisa ser declarado nem pagar impostos. Foram insights de ESG, que potencializarão ainda mais o Instituto MM – que tem como missão oferecer oportunidades, qualificar, diversificar e proporcionar inclusão para novos profissionais de eventos; de diversidade, que nos dará ainda mais força para atuar ao lado da Câmara LGBT e defender a causa; de sustentabilidade, que nos dá a certeza do caminho que estamos trilhando junto ao Instituto Arvoredo com o replantio de árvores para descarbonizar nossa empresa e eventos.

No final, meu muito obrigado aos profissionais e empresas do setor, que hoje, melhor que ontem e em tempos passados, continuam fazendo acontecer.

Henrique Pissaldo é gerente-comercial & marketing do Grupo MM