Estudo mostrou que para mais de 85% os jogos eletrônicos são uma das principais formas de diversão

Desenvolvida pelo SX Group e Go Gamers, em parceria com a Blend New Research e ESPM, a Pesquisa Brasil Game mostrou que o brasileiro tem enxergado os games como fonte de entretenimento: 85,4% consideram que jogos eletrônicos são uma das suas principais formas de diversão.

O estudo revelou ainda que 73,9% da população no Brasil afirma jogar algum tipo de jogo digital, o que significa um aumento de 3,8 pontos percentuais em relação ao ano de 2023.

Já em relação ao gênero, o levantamento deste ano apontou um empate técnico entre homens e mulheres quando perguntados sobre o hábito de jogar games: 50,9% do público sendo feminino e 49,1% masculino.

“A pesquisa mostra a presença das mulheres liderando o consumo, a representatividade de pretos e pardos dentro do mercado de jogos digitais e com a ascensão de classes sociais com menor poder aquisitivo tendo o smartphone como plataforma”, afirma Guilherme Camargo, sócio do SX Group e professor na pós-graduação da ESPM.

Em relação à idade, os dados indicam um envelhecimento do público gamer. As faixas etárias mais representadas são de 30 a 34 anos, com 16,2%; e de 35 a 39 anos, com 16,9%. Em contraste, os públicos mais jovens apresentam uma participação menor, com 14,6% para a faixa dos 20 a 24 anos e os mesmos 14,6% para a faixa dos 25 a 29 anos.

A faixa etária mais jovem, de 20 a 24 anos, teve uma diminuição de 0,5 ponto percentual, e a de 25 a 29 anos teve uma diminuição de 1,6 ponto percentual em comparação com a pesquisa de 2023.

Em relação à etnia dos gamers brasileiros, como observado em edições anteriores, a maioria é de origem negra (52,3%), quando se somam aqueles que se identificam como pretos (11,2%) ou pardos (41,2%), enquanto pessoas que se declaram brancas representam 44,6% dos jogadores de jogos eletrônicos no Brasil.

Quanto à classe social, a 'PGB 2024' revela que a maioria dos gamers brasileiros ainda pertence à classe média (B2, C1 e C2), totalizando 64,8%. A classe média-alta (B1) representa 11,6% do público; a classe alta (A) representa 15,8%; e a base da pirâmide (classes D e E) representa 7,8%.

Plataforma favorita
O fácil acesso, a ampla oferta de jogos e a mobilidade fazem dos celulares os preferidos dos jogadores brasileiros. Com 48,8%, os dispositivos móveis lideram, seguidos pelos computadores, com 22,6%, e pelos consoles, com 21,7%.

Em comparação com o ano anterior, houve uma queda de 2,9 pontos percentuais (51,7%), mas a diferença para os outros meios de jogo ainda é significativa.

Um ponto a destacar é que os computadores recuperaram o segundo lugar na preferência dos brasileiros. Passando de 19,4% para 22,6%, os PCs, que incluem desktops e notebooks, estão bem equilibrados com os consoles, que têm apenas 0,9 ponto percentual de diferença.

Segundo a 'PGB 2024', foi analisado que o envolvimento dos jogadores influencia uma variedade de fatores que vão desde motivações pessoais, necessidades e contextos de vida. A participação social, construção de identidade e a diversão fazem parte do estilo de vida dos jogadores de jogos digitais brasileiros.

Atualmente, 70,8% dos jogadores exibem com orgulho o nome dos seus times, clãs ou guildas, reforçando a identidade e envolvimento.

Os games online também têm exibido um impacto grande na pesquisa. Assim, 82,4% já fizeram amizade com alguém durante uma partida na internet e 71% dizem se sentir mais motivados a ganhar quando a disputa é contra outra pessoa.

“Percebemos que os games têm aparecido com maior frequência no cotidiano do brasileiro e isso mostra o grande impacto que os jogos digitais têm na vida dos jogadores. As pessoas têm feito amizades e construído uma identidade da qual elas se orgulham”, ressaltou Mauro Berimbau, consultor da Go Gamers e professor da ESPM.

(Crédito: Foto de Nadine Shaabana na Unsplash)