Atualmente, vemos uma enxurrada de estratégias voltadas para a mídia digital e com isso a competição por atenção entre as marcas aumenta cada vez mais. Todo esse cenário corrobora para o desenvolvimento de uma nova estratégia no mercado de anúncios na internet, a publicidade nativa.

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Quantas vezes já não abrimos um site e vimos um texto ou imagens que nos chamou a atenção e paramos para ler? O conteúdo é tão interessante que nem nos damos conta que, por trás dele, há uma marca. Essa é a grande sacada da publicidade nativa ou native ads. Ela é a forma mais direta que os anunciantes encontraram de divulgar sua marca ou produtos sem interromper o consumidor durante sua experiência com o site. Entretanto, essa forma de entrar em contato com os clientes pode ser usada como estratégia para atraí-los, não somente no sentindo de associar o conteúdo à marca, mas também para os próprios canais de conteúdo da empresa.

Este conceito tem se tornado um excelente chamariz para o uso de estratégias de marketing de conteúdo que, se bem desenvolvidas, podem trazer ótimos resultados para a empresa. De acordo com uma pesquisa feita pelo eMarketer, empresa especializada em pesquisas envolvendo o mercado digital, em 2015, a publicidade nativa foi responsável pelo faturamento de mais de US$ 4 bilhões no mercado americano, alta de 34% em relação a 2014. Estima-se que até 2018, a publicidade nativa fature aproximadamente US$ 8,8 bilhões.

Ao analisar o comportamento dos consumidores podemos perceber que eles se tornaram grandes especialistas em ignorar o oceano de informações disponíveis nas redes, tanto em termos de conteúdo, como em termos de publicidade. Por isso, acredito ser essencial desenvolver uma boa estratégia de conteúdo atrelada à publicidade que chame a atenção dos consumidores. Esse modelo de publicidade nativa, por exemplo, tem sido muito empregado no mobile marketing porque é menos intrusivo e é hoje, o canal onde as redes sociais são mais acessadas.

É de extrema importância que empresas invistam cada vez mais em native ads. E isso significa dizer que é preciso conhecer bem o comportamento do consumidor para estar presente no momento da experiência do usuário e, dessa forma, impactá-lo da forma menos invasiva e mais eficiente possível, independente do device selecionado.

O relevante para ter em mente é que na publicidade nativa o mais importante não é o conteúdo em si, mas sim a forma como uma peça publicitária está inserida, organicamente, dentro dele. Devemos entender e principalmente aceitar que a publicidade nativa é uma tendência que deve se consolidar em pouco tempo. Portanto, considerando a ampliação do uso de ferramentas de bloqueios de anúncios convencionais, como o Ad Block, as marcas devem parar e repensar suas estratégias.

Eric Hayashi é head of marketing da SambaAds, empresa focada em publicidade e referência em distribuição de conteúdo premium em vídeo na web