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A Bloomberg divulgou nesta quinta-feira (17), o Gender-Equality Index 2019 (GEI), um relatório mundial das empresas mais comprometidas com a transparência em relação a gênero e ao avanço global das mulheres no ambiente de trabalho.

Ao todo, 230 companhias constam no documento – incluindo WPP, Itaú Unibanco, Avon, entre outras – , revelando que 42% da força de trabalho nessas empresas é de mulheres. Com uma capitalização de mercado combinada em US$ 9 trilhões, as empresas têm mais de 15 milhões de funcionários ao redor do mundo, sendo as mulheres sete milhões.

Os dados mostram que elas somam 43% das novas contratações, ocupando 35% dos cargos de gerência; 26% de gerência sênior; 7% das cadeiras de CEOs e 26% ocupam assentos de diretoria corporativa. 

O impacto externo dessas lideranças femininas reflete na publicidade das empresas, pois 68% delas avaliam se há preconceito de gênero nas peças publicitárias e conteúdo de marketing antes da publicação.

O GEI revela, ainda, que 43% das promoções são conquistadas por elas. Fundamentais nas funções que geram receita para as companhias, elas representam 38% das posições. No entanto, a porcentagem é menos expressiva  nas funções de TI e engenharia ( 25%). 

No quesito pagamento, 60% das empresas afirmaram ter realizado revisões de salário para homens e mulheres, sendo que 39% delas encontraram disparidades e as corrigiram. A diferença média de salários ainda chega a 20%.  

“A desigualdade de gênero é um dos mais críticos desafios globais que enfrentam setores públicos e privados. O GEI é uma extensão da missão da Bloomberg em fornecer dados independentes e confiáveis para a consciência de questões críticas que afetam empresas em todo o mundo”, afirmou Peter T. Grauer, presidente da Bloomberg.

No quesito “Políticas e Benefícios” a média global para licença parental é de nove semanas para o cuidador principal e duas para o secundário. Nos Estados Unidos, estes números são um pouco maiores, 13 semanas para o principal e cinco para o secundário.

O GEI levantou dados sobre os benefícios ofertados aos funcionários. Assistência na adoção de filhos (55%), cobertura em serviços de fertilidade (46%), congelamento de ovos (22%) e redesignação de gênero (43%) são alguns dos listados.

A diversidade também é tema de interesse para 60% das empresas, que exigem paineis de discussão  entre os colaboradores sobre o assunto. Inclusive, em 48% delas o fator está diretamente relacionado às metas e avaliações de desempenho. Até mesmo os gerentes recebem treinamento sobre a questão (80%).  

No item “Desenvolvimento de carreira” elas são a maioria dos funcionários inscritos em programas de mentoria (53%) e  patrocínio (55%). Em coaching executivo chegam a 40%.

O GEI traz, ainda, dados sobre a segurança no ambiente de trabalho, relação com fornecedores, assédio moral e sexual e, também, a percepção que o público tem das marcas e o impacto das políticas de equidade dentro e fora das empresas.