Head de marketing do SBT fala da dupla jornada de trabalho que a mulher enfrenta, além do preconceito

Neste ano, o PROPMARK homenageia dez mulheres líderes no mercado de comunicação no Brasil. Os nomes foram escolhidos por sua contribuição à indústria e pelo destaque que elas têm em sua área de atuação. As mulheres homenageadas para este Especial foram escolhidas pela Redação do PROPMARK, entre elas Priscila Stoliar, head de marketing do SBT.

Priscila está no mercado de trabalho há 19 anos. Há 14 no SBT, mas como head de marketing soma 11 anos. Formada em propaganda e relações públicas com ênfase em marketing, pela University of Central Florida – UCF, nos Estados Unidos, ela afirma que sofreu preconceito para chegar onde chegou, “infelizmente, e não foi pouco”. “Como é desafiador ser mulher!”, declara.
E, para ela, o mercado de trabalho não é o único desafio. Priscila lembra que ainda existe a questão da dupla jornada.

“Um levantamento recente da Oxfam mostra que ter um emprego e ser a maior – e, às vezes, a única – responsável pelos afazeres domésticos e cuidados com a família, ainda é a realidade da maioria das mulheres no mundo. Então, vai além de preconceito. O problema é sistêmico e estrutural. A gente até consegue chegar lá, mas muitas vezes pagamos um preço bem alto”, argumenta a executiva.

Ela vê mudanças, sim, mas falta chão para chegar no considerado “ideal”.
“De acordo com um estudo da McKinsey, companhias com mais mulheres na liderança – quando comparado com a média da indústria – têm resultado operacional 48% superior e crescimento 70% maior no faturamento”, menciona, acrescentando: “Mesmo assim, estudos revelam que no Brasil apenas 3% de mulheres ocupam cargos de liderança nas empresas. Além disso, somos a maioria da população no país, vivemos mais tempo, temos mais educação formal, somos harmônicas, solucionadoras natas de problemas, determinadas e, além de tudo, mais humanas para tratar muitas questões. Estamos falando de dados concretos e isso me intriga”.

Priscila diz acreditar que a primeira grande mudança deveria começar pelas mulheres para as mulheres. “Nós, mulheres, precisamos deixar de lado essa competição diabólica entre nós, que já nasce com a gente. Precisamos nos alegrar com a conquista da outra, nos apoiar, fortalecer e nos encorajar. Precisamos jogar juntas, quebrar essa falta de sororidade. Os homens em geral se unem, se protegem e, às vezes, até mesmo sem se conhecerem, se acobertam. Nós não. Falta mais união entre a própria mulherada”, dispara.

Não são poucas as conquistas do SBT na gestão de Priscila. Ela fala que a emissora é dona de importantes distinções, como o Leão de Bronze em Media no Cannes Lions – #DonateForPriscila (Doação de sangue/2016); Melhores do Ano NaTelinha UOL (2018); Prêmio Colunistas 2019: SBT foi Prata com Tela sem sangue, na categoria Marketing Direto; Prêmio Contigo!; e Poliana moça, que ganhou como Novela do Ano (2022), entre outros.

Além disso, ela enumera em quais competições a emissora foi finalista: Shortlist Cannes Lions – Promo & Mídia (Control Toys/Supernanny/2012); UOL TV e Famosos (2018); e ABC da Comunicação, na categoria Melhor Veículo Nacional (2019).

O SBT também teve outros grandes destaques: junto com o Google, uma das marcas mais valorizadas por clientes e acionistas (ranking Mais
Valor Produzido da DOM Strategy Partners/2017); 32ª marca mais valiosa do Brasil (ranking da Kantar Vermeer –  Revista IstoÉ/2017); indicado e selecionado pelo critério excelência e qualidade nos serviços e produtos (Top Of Quality Brazil/Edição 2022); e quarta empresa que mais incentiva open innovation com startups no Brasil, pelo ranking da Open Corps (2022).