Alê Oliveira

O Buzzfeed dos Estados Unidos fez, recentemente, uma lista com as “26 séries mais impressionantes do momento”. Nela, estão produções como a inglesa Black Mirror, a X-Company, do Canadá, e, até mesmo, uma produção que conta a vida do traficante colombiano Pablo Escobar – a Escobar: El Patrón del Mal, feita na Colômbia.

A surpresa, no entanto, da lista do site foi O Negócio, série brasileira da HBO com produção da Mixer. Ela apareceu na sétima posição, à frente de seriados internacionais. Aliás, O Negócio é a primeira série brasileira da grife HBO que chega à terceira temporada consecutiva.

Michel Tikhomiroff, diretor-geral da série, classificou como “extraordinária” a repercussão da série. “Tivemos um feedback nas redes sociais que foi surpreendente”, diz. “Além disso, um dos atores da série contou que sentiu, nas ruas, um carinho grande dos fãs”, completou.

Outro fator responsável pelo sucesso da trama, de acordo com Tikhomiroff, está no time de roteiristas. “Temos uma equipe dedicada desde a primeira temporada. Eles são estudiosos do assunto, que procuram construir personagens sólidos”, afirma. “Temos também, claro, um elenco dedicado e talentoso, além de uma parceria com a HBO que é formidável”, complementa.

Apesar do sucesso da série, Michel Tikhomiroff acredita que o Brasil ainda está muito aquém de países como os Estados Unidos, por exemplo. “A indústria lá fora está mais consolidada, está consagrada”, diz. “Eles são seniors e nós ainda estamos na pré-adolescência, mas, dentro dessa pré-adolescência, existem muitos garotos prodígios”, garante.

Já em relação ao notável crescimento do mercado de séries no Brasil, o diretor aposta que isso seja, entre outros motivos, muito em virtude da internet. “Além disso, o público também tem mostrado um grande interesse com esse formato de série”, afirma. Como consequência, ainda de acordo com ele, cria-se uma demanda.

O Negócio conta a história de Karin, Luna e Magali, três mulheres lindas e inteligentes que acabam se unindo com o objetivo de revolucionar a sua profissão, a prostituição.

Sem perspectivas de crescimento nas suas respectivas carreiras, elas chegam à conclusão de que tudo gira em torno do marketing. E, pensando assim, elas começam a aplicar as mesmas técnicas com a profissão tida como a mais antiga do mundo.