Segmento, agora regulamentado, tem faturamento de R$ 150 bi e preferência da audiência se concentra nas TVs abertas e YouTube

O Pondé pode recomendar a psicologia, porque o fenômeno sociológico das apostas online está tirando o sono de quem investe nas marcas que permeiam esse novo segmento de negócios esperando ter sorte. É bom ficar bem consciente de que o azar tem maior probabilidade para dar match, mesmo porque a tentativa não gera recompensa. A SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) fez pesquisa que atesta que os brasileiros têm sua renda comprometida devido às apostas eletrônicas: 23% deixaram de adquirir vestuário; 19% alimentos e 14% artigos de higiene pessoal.

Por outro lado, os canais de mídia estão felizes com as bets. Levantamento da Tunad, do CEO Cesar Sponchiado, mostra que mais de 88 mil veiculações foram consolidadas em 2023 e com tendência de subir. Com naming rights, patrocínios, promoções e mídia é um negócio que pode chegar a R$ 4 bilhões em 2024, fatia generosa de um mercado que caminha para chegar à marca dos R$ 150 bilhões de faturamento na atual temporada, de acordo com projeção de Fernando Pereira, diretor de fusões e aquisições da Auddas.

O Resenha Digital Clube foi a campo para materializar a pesquisa “Consumidores de Conteúdos Esportivos”. O estudo revela que no total, nove em cada dez pessoas que acompanham conteúdos esportivos regularmente têm conhecimento de algum site ou aplicativo de apostas, esclarece o comunicado da empresa.

“Entre as plataformas mais citadas estão: Bet365 (66%), Betano (64%), Sportingbet (49%), Blaze (40%), 1XBet (35%), EstrelaBet (34%), Betfair (32%), BetWay (17%), Bodog (13%) e Novibet (12%). Porém, apesar do alto índice de awareness, quatro em cada dez pessoas ainda não consideram usar essas plataformas, mostrando que o mercado ainda está em expansão”, constata a Resenha Digital Clube, que contou com a colaboração da Opinion Box.

“A democratização ao acesso da internet permite que os canais digitais se tornem cada vez mais protagonistas no consumo de esporte. Um exemplo disso é o WhatsApp ser considerado a principal rede para consumo e compartilhamento de informações sobre esporte, segundo o estudo, com uso frequente de 92% dos entrevistados. O Instagram aparece em segundo lugar, mencionado por 88%, seguido pelo YouTube, com 77% de citações”, prossegue a análise.

Nilson Moysés é diretor de mercado do Resenha Digital (Divulgação)

Especializada em em network por meio de creators que atingem 50 milhões de pessoas, o Resenha Digital Clube comenta a relevância do setor para agências e canais.

“É de extrema relevância para o mercado publicitário, alavancando todos os meios onde ele atua. O marketing de influência é, sem dúvida, fundamental para as bets, uma vez que parte importante da estratégia é atrelar a marca a alguma personalidade influenciadora. Pela natureza do negócio, o marketing de influência no segmento esportivo é amplamente utilizado para gerar awareness, reconhecimento de marca e conversão. Observando os dados da pesquisa, constatamos que nove entre dez pessoas conhecem o segmento de bet. Outro ponto de extrema relevância é a regulamentação das bets. Com isso, o mercado crescerá ainda mais e de maneira estruturada”, detalha Nilson Moysés, diretor de mercado do hub que propõe o marketing de influência para gerar engajamento nas audiências esportivas.

Leia a matéria completa na edição do propmark do dia 15 de julho de 2024