Amazon, Mercado Livre, Magalu, Panvel, RaiaDrogasil e Pague Menos estão entre as líderes de faturamento no Brasil, que lucra R$ 3,8 bi
A publicidade exibida nos canais online proprietários das redes varejistas e marketplaces e, também, de parceiros, é o que o mercado convencionou chamar de terceira onda da atividade. O volume alocado, porém, não é mais fruto de previsão. De acordo com a pesquisa da Omdia, do grupo americano TechTarget, o retail media já é realidade e boom global. Com investimentos de US$ 123 bilhões em 2023, que vai se beneficiar ainda mais com o avanço do comércio eletrônico, vai chegar a US$ 293 bi até 2029. Para este ano, segundo informações da Coresight Research, o volume alcançará US$ 179,5 bi, superando o meio televisão.
“O segmento de mídia de varejo chinês, mais maduro atualmente, responde por cerca de metade da receita global, mas isso cairá para 40% à medida que o mercado global prolifera. A Amazon é um player líder no mercado fora da China, respondendo por quase 70% do restante da receita de publicidade de mídia de varejo do mundo em 2023. E, embora sua participação caia nos próximos cinco anos à medida que outros varejistas melhoram seu jogo no espaço, um Amazon Prime Video suportado por anúncios e outras estratégias de mídia fortalecerá a posição competitiva do gigante do comércio eletrônico”, relata a Omdia no seu website.
A Omdia também crava que, em quatro anos, US$ 75 bi serão gerados por publicidade “de não varejistas, mas de empresas de mídia, fornecedores de tecnologia de anúncios e outros intermediários, a partir de operações de mídia de varejo”. Isso significa que, somado às de varejistas, em 2029 o volume chegará a US$ 368 bi.
A utilização da ferramenta, nas palavras de Luiz Ruiz, CSO da martech Wigoo, “promove um retorno positivo para os varejistas e uma experiência melhor para o cliente”. Ele acrescenta: “O retail media deixou de ser tendência para se tornar a realidade que veio para transformar a interação entre marcas e consumidores, gerando resultados significativos e remodelando o futuro do marketing”.
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“A mídia de varejo crescerá mais rápido e será maior do que quase todos os outros segmentos de anúncios nos próximos cinco anos”, comentou Matthew Bailey, analista sênior da Omdia. “À medida que a mídia de varejo evolui e amadurece, ela fornecerá aos varejistas oportunidades substanciais para maximizar a lucratividade e monetizar ativos e plataformas de dados antes inexplorados. E, crucialmente, também criará fluxos de receita aditivos em todo o ecossistema.”
Ruiz, da Wigoo, cita dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que acredita que em período de alta demanda pode movimentar no varejo do Brasil R$ 69 bi. “Justamente por gerar um impacto tão positivo é que usamos o retail media nas nossas estratégias de marketing
de performance. Esse modelo permite que marcas e anunciantes se conectem com consumidores já no ambiente de compra, propício para as conversões, aumentando a probabilidade de sucesso”, aponta.
Leia a matéria completa na edição do propmark de 24 de fevereiro de 2025