Ano mostra resiliência dos líderes da indústria da comunicação em crescer a despeito de desafios do meio e incertezas de mercado

O Dicionário Oxford da Língua Inglesa escolheu “rage bait” como a palavra de 2025. A combinação dos termos “rage” (do inglês, explosão violenta de raiva) e “bait” (isca) remete ao “conteúdo online deliberadamente criado para provocar raiva ou indignação, sendo frustrante, provocativo ou ofensivo”. São postagens e articulações digitais que despertam reações negativas - as que mais engajam.

A manipulação de algoritmos e a regulamentação de plataformas estiveram entre os temas mais discutidos do ano e essa expressão - uma espécie de “isca de raiva” - triplicou nos últimos meses, motivando a decisão da Oxford.

Para além da fadiga causada pelo excesso de telas, o alarido de ódio propagado nas redes ficou escancarado na minissérie britânica ‘Adolescência’ - uma das mais alarmantes do ano -, lançada pela Netflix no dia 13 de março. A produção leva pais e mães a refletir sobre a influência das redes sociais nas atitudes de jovens iludidos por discursos de ódio.

Na ficção, Jamie Miller, de 13 anos, mata Katie Leonard após ser rejeitado pela colega. Na vida real, garotos ficam suscetíveis a grupos que pregam a supremacia masculina. O ex-lutador Andrew Tate, citado na série, é um dos instigadores do movimento.

O tema, que pautou uma das capas do mês de maio, ratifica a escolha de “rage bait”. No rastro de conteúdos nocivos, está “brain rot”, termo selecionado em 2024, que indica a diminuição de estímulos cognitivos devido à exposição de conteúdo banal na internet. A expressão ilustrou outra manchete, de 11 de agosto.

A seguir, acompanhe a retrospectiva de 2025, com as principais movimentações da mídia, agências, anunciantes e demais empresas do ecossistema da indústria da comunicação e suas lideranças que, como todo brasileiro, lutam para crescer a despeito de outro ano difícil que se aproxima.

Leia a íntegra da matéria na edição impressa de 15 de dezembro.