Jessica Gomes: “A Sallve é uma marca de comunidade”/Divulgação

Marca digital de beleza, a Sallve vem conquistando cada vez mais consumidores com seu conceito de comunidade, rede de influenciadores e produtos a preços “democráticos”. “A Sallve é uma marca de comunidade. Desde o dia 1 a gente entendeu, mesmo sem produtos, que queríamos construir uma comunidade da marca, ouvir as pessoas. O relacionamento com os influenciadores é baseado nisso. Tudo o que a gente faz é olhando para eles, não só para os macro como também os microinfluenciadores”, explica Jessica Gomes, diretora de criação e comunicação da Sallve.

“A Sallve é uma marca para os consumidores digitais, que querem uma marca de beleza que converse com eles e se sintam representados. A empresa começou com uma conversa, antes mesmo de um produto. Foi muito mais ouvindo a conversa das pessoas e o que elas queriam em relação a produtos de beleza e skin care”, reforça Bianca Pi, CMO da Sallve.

As executivas afirmam que o conceito de cocriação é uma das fortalezas da marca, junto com a preocupação de ensinar os consumidores a usarem os produtos. “Os creators fazem parte, inclusive, da criação de produtos. A gente manda as amostras antes de os produtos serem lançados, por exemplo. É uma relação muito rica”, relata Bianca. “A gente vê que tem muitas pessoas que estão comprando os nossos produtos e nunca usaram, por exemplo, uma vitamina C ou um tônico. Então, essa categoria de face care tem muito para ser explorada no Brasil”, completa ela.

A diretora de criação e comunicação destaca que a ideia é ajudar as pessoas a entenderem a jornada de cada pele. “Desde o início, a marca se preocupou em explicar para as pessoas como usar os produtos, porque não basta só comprar. Também procuramos deixar bem claro quais são os ingredientes, para que elas saibam o que estão consumindo e como isso é uma consequência para um resultado visível para a pele. Todas as fórmulas da Sallve são veganas, sem testes em animais e sem ingredientes de origem animal”, afirma Jessica.

Produtos da marca são voltados para face care/Divulgação

A página da marca no Instagram é o principal ponto de contato com o público, além do site com e-commerce próprio, onde todas as vendas são feitas. “A gente entende que é necessário ter o contato com o consumidor do começo ao fim”, diz Bianca.

Posicionada como uma beauty tech entre as chamadas indies brands (marcas independentes), a Sallve foi criada em 2019 pelo empreendedor digital Daniel Wjuniski, fundador também do portal Minha Vida, e tem como sócias Julia Petit, referência no mundo da beleza, e Marcia Netto, engenheira especializada em growth digital.

“Todas as marcas de beleza estão muito presentes no digital, se reposicionando, se transformando, e a Sallve está trabalhando bastante na categoria face care, com produtos para os cuidados do rosto e preços bastante democráticos”, ressalta Bianca.

Segundo a CMO, o objetivo da marca é lançar uma nova fórmula por mês até 2022. A startup, que carrega a tagline #vivasuapele, declara que 200 mil pessoas já compraram produtos da Sallve e o faturamento em 2020 foi cinco vezes maior que no ano anterior. “O mercado de cosméticos e beleza é muito movido a novidades e a gente entende que temos muito espaço para aumentar o nosso portfólio”.

Com comunicação in-house, todas as ações da marca são feitas no ambiente digital. “A criação é toda in-house e muita coisa é desenvolvida por nossos creators. Toda comunicação é online, porque a Sallve é uma marca digital e a gente enxerga muito potencial nesse universo”, reforça Jessica.

Voltada para os millennials e a geração Z, a Sallve, surpreendentemente, também tem um público masculino fiel. “Digamos que hoje a proporção entre os consumidores da marca seja de 60% mulheres e 40% homens”, ressalta Bianca.

Segundo o Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais no mundo, com vendas da ordem de US$ 30 bilhões. As três principais tendências apontadas para o setor são engajamento digital, posicionamentos éticos e atributos ôrganicos e naturais.

Bianca Pi: “Temos muito espaço para aumentar portfólio”/Divulgação