A Salve, agência digital do Grupo ABC, quer ser mais atraente para os jovens talentos nativos da era digital. O primeiro passo já foi dado com a contratação de Thiago Arantes para ocupar o cargo de diretor de planejamento ao lado de Mazi Rodrigues, que gerencia a área desde o ano passado. Carlos Pitchu, sócio e CEO, que respondia pela equipe, passa a se dedicar apenas à gestão da Salve. Arantes já trabalhou com marcas dos mais variados segmentos, como Nokia, Johnson’s Baby, Carefree, Listerine, Vigor, Johnnie Walker, Gallo, Renault, Whirlpool, Habibs, L’Oreal, LG, P&G, Spotify, Pepsico e Gol, entre outras.

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Hoje a Salve busca identificar oportunidades de negócio para desenvolver estratégias de comunicação que entendam como marcas, tecnologia e conteúdo podem contribuir para vendas. “É um movimento de descentralização da nossa capacidade de direção da equipe. O crescimento da Salve nos impulsionou a adotar essas medidas e ampliar a escala. Com a minha saída definitiva da direção de planejamento, hoje meu cliente é a própria Salve. Dedico-me 100% à gestão da agência”, declara Pitchu.

A área de estratégia foi reestruturada. A agência busca no mercado um novo perfil de profissional: gente jovem, de uma safra “pure digital”.

“Queremos aqueles que não viveram a grande onda da integração dos meios, em que o papel do planejamento digital era o de desdobramento de algo estático em uma mecânica interativa. Hoje, nosso jovem time vai muito além disso. Pensamos na estratégia das marcas num ambiente onde tensões sociais surgem e desaparecem numa velocidade sem precedentes.” completa Pitchu.

“A publicidade está passando por um momento desafiador. O mercado de agências deixou de ser atraente para os jovens, que estão optando por negócios próprios. O grande papel das agências é reconectar a marca com um propósito e atrair pessoas. Isso é um jeito de chamar a atenção de novos talentos”, argumenta Arantes.

A Salve procura colocar o consumidor e suas necessidades no centro das discussões, fazendo com que as marcas se comuniquem na velocidade e na linguagem em que surgem as tensões sociais.
“Temos em nosso DNA a prática de uma publicidade que vai ao encontro da busca por interação do consumidor. Sabemos que as marcas precisam se conectar com o seu público e a antiga propaganda passiva não tem mais efeito”, comenta Pitchu.

Ele acredita que o papel das agências digitais é reconectar a marca com propósito e é isso que vai atrair os jovens, resgatando o charme e o glamour que a propaganda já teve em outros tempos. “O eficaz é entregar um propósito. É o que funciona. Os novos profissionais procuram uma razão maior para dedicar seus tempos. Quando a gente procura oferecer isso para as marcas, a agência começa a ser atraente para os criativos”, finaliza.

Para Pitchu, o grande desafio do segmento é conseguir ter mais relevância junto aos clientes. “A gente precisa sentar na mesa dos adultos. Os clientes que estão fazendo isso estão tendo bons resultados”.