Sob tema “As expectativas e o comportamento do consumidor no Natal mais atípico de todos os tempos”, a Score Group e o Hibou – Monitoramento de Mercado e Consumo foram a campo para compreender os aspectos atitudinais na data que é a mais importante do calendário promocional brasileiro, mas também de confraternização familiar, religiosa e durante período de férias.

O estudo ouviu 1135 shoppers entre 11 e 14 de setembro em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Recife e Curitiba.  

Para 52% dos entrevistados a pandemia afeta a dinâmica do Natal. Ou seja, 48% vai concentrar a festa nas suas residências sem ida a barzinhos ou restaurantes. Outros 48% vão abdicar de viagens. E 35% não vai chamar muita gente para a cerimônia. 79% dizem que a prioridade é a família. A frase que marcou esse recorte da análise é que “Natal é família, amor, união, paz e alegria.” E é assim que as famílias brasileiras vão celebrar, destaca a pesquisa.

Vai ter presente? Sim, mas com tíquete médio de R$ 100,00 para 75% da amostra e quatro a cinco compras por shopper. Isso significa queda de consumo nas festas natalinas. Outro ponto relevante em 2020 é que 19% vai fazer opção de compra pelas marcas que manifestaram propósito e atitude nesse período de pandemia. E 11% vão antecipar suas compras na Black Friday.

E quem merece presente? 45% são os pais; 43% são para os filhos e companheiros. Mas há indulgência nesse cenário: 19% vão investir em presentes para si mesmos. Para 78% os presentes mais adequados são roupas, sapatos e acessórios. Os smartphones, que estavam no topo da preferência em 2019, registraram minguados 2%  na tendência para este ano.  

O Pulso da Score Groupe e Hibou destaca que 77% dos shoppers vão optar por marcas que já conhecem. Significa que não querem correr riscos e, por isso mesmo, a recomendação é que é uma oportunidade para elas trabalharem ativações de relacionamento para ampliar e consolidar a fidelização desses clientes.

Há espaço, porém, para marcas novas: 14% responderam que essa será a opção de compra; 4% vão investir no DIY (Do It Yourself). 26% não fazem questão de marca nenhuma e 21% vai escolher seus presentes nas lojas de artesanato.

A transformação digital do shopper fica bem evidente no Pulso: 80% das compras serão efetivadas por meio de smartphones e 42% através de computadores. A praticidade é a justificativa de 52% dos ouvidos na pesquisa. E o melhor preço é destacado por 41%. A comparação de preços no ambiente on-line é fundamental para 16%; promoções impactam 35%; descontos em 28% e oferta de brindes é essencial para 3%.

Em ano atípico com perdas salariais e muito desemprego, fazer dívidas nas compras de Natal é item desaconselhado para 32%, que vão fazer a opção de pagamento à vista.