CEO da CP+B e presidente do grupo Stagwell Latam fala sobre trabalho de expansão da holding criada por Mark Penn em 2015

Vinicius Reis agarrou a chance de se tornar empreendedor em 2014, quando aceitou convite para liderar a visão de negócios e planejamento da Crispin Porter + Bogusky no Brasil. A agência fundada nos Estados Unidos em 1988 era controlada pela canadense MDC Partners, que se fundiu com o Grupo Stagwell, de Mark Penn, em 2021. “A CP+B passou a ser a principal operação da holding no Brasil”, conta Reis. A agência acaba de ganhar a conta da M. Dias Branco - dona das marcas Piraquê, Vitarella, Adria, Isabela, Frontera e Jasmine -, antes na Lew’Lara\TBWA. “Mark Penn tem um interesse estratégico claro em fortalecer a nossa presença na América Latina”, atesta o executivo, escolhido pelo Stagwell para “expandir o portfólio, gerar sinergias entre as agências e acelerar a oferta integrada para clientes regionais e globais”. Reis comanda hoje cerca de 600 profissionais no Brasil e 50 na América Latina.

Vinicius Reis:"A CP+B passou a ser a principal operação da holding no Brasil" (Divulgação)

Qual é a trajetória do grupo Stagwell?
O Stagwell foi fundado em 2015 por Mark Penn, ex-executivo da Microsoft. A entrada do Stagwell no mercado global se acelerou a partir de 2019, com o investimento de US$ 100 milhões no MDC Partners e a nomeação de Penn como CEO. Em 2021, a fusão entre Stagwell Group e MDC Partners marcou a criação oficial do Stagwell Inc., ampliando a presença internacional e consolidando a holding como uma plataforma unificada de tecnologia, dados, criatividade e mídia. No Brasil, iniciamos a nossa operação em abril de 2022, tendo a CP+B como estrutura âncora. Desde esse período, lidero a expansão do Stagwell na América Latina com foco em ampliar capacidades, integrar operações regionais e acelerar a presença da holding em mercados-chave.

Como começou a história da CP+B no Brasil?
A Crispin Porter + Bogusky foi fundada nos Estados Unidos em 1988. No Brasil, iniciamos a nossa operação em 2014. A história da operação brasileira começou quando Marcão (Marcos Medeiros), que fundou a agência junto comigo e Kassu, encontrou Chuck Porter em um evento fora do país. Porter compartilhou o seu desejo de criar uma operação da CP+B no Brasil, coincidindo com o momento em que Marcão e Kassu já buscavam empreender. Nesta época, recebemos um grande suporte de Chuck, que admiramos pelo talento e pela simplicidade. Marcão e Kassu já formavam uma dupla criativa premiada na AlmapBBDO, com o desejo de criar trabalhos mais autorais. Eu, que já havia trabalhado com Marcão na DM9 e sempre sonhei em empreender, fui convidado para um café e aceitei quase de imediato o convite para liderar a visão de negócios e planejamento da nova operação. Neste ano, o Marcão deixou a sociedade, e o Kassu assumiu como coCEO, enquanto eu continuo como CEO, reforçando que a nossa criatividade está sempre alinhada à solução de problemas reais de negócios dos clientes. Começamos, literalmente, do zero, sem clientes e, hoje, combinamos criatividade com estratégia de negócios de forma integrada.

Como a CP+B se posiciona?
A CP+B é uma agência full service de criatividade e estratégia integradas à mídia, dados, conteúdo e produção. Recentemente, ampliamos a nossa oferta com mídia performance; e brand e business, unidade criada para atuar além da comunicação, entrando diretamente nos desafios de negócio dos clientes. A área trabalha com diagnósticos profundos, posicionamento, arquitetura de marca e desenho de estratégias que impactam produtos, canais e portfólio. É uma frente que aproxima a agência das decisões de board e amplia o nosso papel como parceiro de transformação.

Leia a íntegra da entrevista na edição impressa de 15 de dezembro.