A média diária de investimento publicitário registrou queda de 31% para a Temu e 19% para a Shein, segundo estimativa da Sensor Tower

Duas das maiores anunciantes da atualidade nos Estados Unidos, Shein e Temu, reduziram significativamente seus investimentos em publicidade digital no país, segundo a Reuters.

O corte acontece em meio ao aumento de tensões comerciais e à possibilidade de novas tarifas sobre importações de produtos da China e de Hong Kong — mesmo aqueles com valor abaixo de 800 dólares, que até então eram isentos.

De acordo com levantamento da Sensor Tower, a Temu reduziu em 31% a média diária de investimentos, enquanto a Shein cortou em 19%. Os dados também foram analisados pela Tinuiti, outra consultoria de mensuração de mídia digital ouvida pela Reuters.

A mudança impacta diretamente as principais big techs. No caso da Temu, os cortes afetaram especialmente plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, Snapchat, X e YouTube, no período entre 31 de março e 13 de abril, em comparação com os 30 dias anteriores. Já no caso da Shein, as redes atingidas incluem Facebook, Instagram, TikTok, YouTube e Pinterest.

Essas movimentações podem impactar indiretamente o mercado publicitário brasileiro. O propmark ouviu especialistas para entender de que forma o chamado ‘tarifaço’, anunciado por Donald Trump, pode refletir no consumo e nas estratégias das marcas no país.

Ainda segundo a Reuters, as varejistas já consideram um aumento de preços como resposta à possível revogação da isenção tarifária, medida que elevaria os custos operacionais das duas empresas.

Procurada pela agência de notícias britânica, a Meta preferiu não comentar. Google, Shein e Temu também não se pronunciaram até a publicação da reportagem.

(Crédito: Foto de Austin Distel no Unsplash)