Estudo do PiniOn aponta que jovens de 18 a 24 anos são os que mais valorizam a sustentabilidade
Um estudo feito pelo PiniOn revela que a sustentabilidade ganhou espaço na escolha do consumidor brasileiro (13,2%), mas ainda é superada por fatores como preço (40,9%) e qualidade (35,9%).
Foram entrevistados, em maio deste ano, 1.241 indivíduos de todas as regiões do Brasil, que apontaram outros fatores como indicação de amigos (5,3%) e avaliações no Reclame Aqui (4,6%), como decisivos no momento da compra.
A pesquisa também identificou que, em categorias de consumo frequente como roupas (61,2%), cosméticos (37,4%) e calçados (25,5%), as marcas sustentáveis ainda são minoria entre as preferidas.
Quando se analisa o perfil dos consumidores, as classes B, D e E aparecem como as mais engajadas com o tema da sustentabilidade. Já a classe A é a que menos prioriza marcas com esse apelo (8%).
Regionalmente, o Sul lidera em preferência por marcas sustentáveis (19%), enquanto o Norte tem o menor índice (9%). Em relação à faixa etária, os mais jovens, de 18 a 24 anos, são os mais preocupados com o tema. Já o grupo entre 35 e 44 anos é o que menos leva esse fator em conta na hora de comprar, embora seja o que mais pesquisa sobre sustentabilidade ao avaliar uma marca (14%).
Mesmo com as barreiras, a sustentabilidade ganha força quando os produtos têm o mesmo preço e qualidade. Nessa situação, 36,3% afirmam que o apelo sustentável se torna o critério decisivo.
Por outro lado, apenas 11,1% dos entrevistados dizem buscar marcas com ativismo sustentável. Já qualidade (69,1%), comentários online (37,1%) e durabilidade do produto (29,5%) continuam a pesar mais.
Para Talita Castro, CEO do PiniOn, os dados mostram um cenário complexo: “Mais do que apontar contradições, a pesquisa propõe uma reflexão sobre como marcas e consumidores podem caminhar juntos na construção de escolhas mais conscientes, sem ignorar as limitações reais que ainda pesam na hora da decisão”.
(Crédito da foto: Pexels)