Romance de Taylor e Kelce gerou cerca de US$ 331,5 milhões em valor de marca para NFL e Chiefs

Não é de hoje que a National Football League (NFL) utiliza artistas como plataforma de divulgação até chegar ao Super Bowl. O glamour das celebridades faz parte do show montado há 58 anos para satisfazer não só os apaixonados por futebol americano como marcas dispostas a pagar quantias polpudas pelo espaço mais caro da mídia mundial. O custo de cada inserção de 30 segundos passou de US$ 78 mil em 1970 para US$ 7 milhões atualmente.

Mas na temporada de 2023/2024, a jogada foi além do flerte. E tudo por causa do romance entre a cantora Taylor Swift e o jogador Travis Kelce, astro do Kansas City Chiefs. “Boa parte da audiência não torceu para o Chiefs e sim para o time do namorado da Taylor”, repara Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM. A partida realizada no dia 11 de fevereiro de 2024 consagrou o Chiefs como bicampeão no Super Bowl 58, em disputa contra o San Francisco 49ers.

O placar, de 25 a 22, foi decidido faltando apenas três segundos para o fim da prorrogação, tirando o fôlego de cerca de 123,7 milhões de telespectadores ligados na Columbia Broadcasting System (CBS), canal oficial do evento nos Estados Unidos, além de Nickelodeon, Univision, Paramount+ e das plataformas da NFL. ESPN e RedeTV são as exibidoras no Brasil.

Jogador do Chiefs, Travis Kelce celebra vitória ao lado da popstar Taylor Swift (Reprodução/ Instagram NFL)

Mas a alta recorde, de 7% em comparação aos 115,1 milhões registrados na temporada passada, pode ser ainda maior. A Nielsen projeta uma audiência de 202,4 milhões, considerando as pessoas que assistiram apenas a uma parte do jogo, enquanto a consultoria  de mercado Numerator estima que 20% dos jovens torceram pelo Chiefs devido à presença de Taylor Swift nos estádios.

O esforço da cantora para testemunhar a vitória cravada no Allegiant Stadium, em Las Vegas, Nevada (EUA), com capacidade para 65 mil pessoas, motivou até uma reação criativa da embaixada do Japão nos Estados Unidos com direito a trocadilhos alusivos aos títulos das músicas da diva pop.

Taylor fez quatro shows em Tóquio, no retorno da temporada de 2024 da turnê mundial ‘The eras tour’, que em três horas de show revive os dez discos da carreira da cantora. As apresentações ocorreram nos dias 7, 8, 9 e 10 de fevereiro. Logo veio à tona a preocupação dos Swifties com a possível ausência de Taylor no Super Bowl, no dia seguinte ao último show realizado na capital japonesa.

Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM: junção de marcas potentes (Divulgação)

“Apesar do voo de 12 horas e da diferença de 17 horas, a embaixada pode falar agora (‘Speak now’, um dos hits mais famosos de Taylor) com segurança que se ela partir de Tóquio na noite após o show, deverá chegar confortavelmente a Las Vegas antes do início do Super Bowl”, brincou a missão diplomática em Washington (EUA), em comunicado. A marca de carne bovina Swift, da JBS, não resistiu à torcida e também lançou a ação ‘Swift loves Travis’.

Casal do ano
A euforia com o namoro de Taylor e Kelce gerou cerca de US$ 331,5 milhões em valor de marca para a NFL e o Kansas City Chiefs, com mídia impressa, digital, rádio, televisão e redes sociais, de acordo com dados do Apex Marketing Group publicados pelo site Front Office Sports.

A legião de fãs da ganhadora do melhor álbum de 2023 no Grammy, anunciado no dia 4 de fevereiro deste ano, passou a acompanhar os jogos do Chiefs só para ver a popstar norte-americana torcendo pelo time de Kansas. O fenômeno não é à toa.

Leia a matéria completa na edição do propmark de 19 de fevereiro de 2024