Chief data & media officer da WMcCann venceu em Profissional de Mídia no Prêmio Melhores do propmark, área que diferencia o Brasil no cenário competitivo global

André Scaciota já trabalhou em cartório, almoxarifado e até em buffet infantil, mas foi como garçom que ele arrancou o seu primeiro estágio na publicidade. Ao atender um grupo do mercado, entregou o currículo - coragem que abriu caminho para uma carreira hoje premiada na categoria Profissional de Mídia. O início foi aos 18 anos, na área de digital e performance. Hoje aos 35, o executivo lembra que a vida responde a quem age. “Quem votou em mim o fez porque nos conectamos. Foram anos de consistência, entrega real, comprometimento e capacidade de integrar pessoas”, confirma.

Estratégia, transformação, dados, criatividade, operação e liderança entram no pacote. “Eu sou o nome, mas os verdadeiros vencedores são meus times”, admite. Scaciota recorda a sua trajetória no Itaú entre 2023 e 2024, incluindo a condução da campanha em comemoração ao centenário da marca. Já 2025 foi um ano de mudanças. Em junho, ele assumiu como chief data & media officer da WMcCann. Ganhar o prêmio do propmark “sempre foi um sonho, uma injeção de energia, um recado de que o que eu penso e o que eu desejo para o nosso mercado é valorizado”, declara.

Ouvir, observar e honrar legados ajustaram eixos forjados em confiança. Assim, ele chegou à Publicis. Lá, aprendeu que estratégia, colaboração e excelência operacional são vitais. “Fui moldado por líderes que unem método, coragem e humanidade. Gente que olha para a mídia como disciplina de negócio, e não como operação”, ratifica. Hoje, Scaciota é inspirado por ousadia, verdade, transparência e líderes que guiam pelo exemplo, não pelo poder. “E, acima de tudo, minhas equipes. Pessoas talentosas que me desafiam diariamente a evoluir”, emenda.

O fascínio pela propaganda vem da união de lógica e emoção, dados e cultura, análise e intuição. Ser analítico sem perder o toque humano, e gerar impacto mensurável. “A frase ‘eu queria ter tido essa ideia’ sempre me acompanhou. Com o passar do tempo, criar algo original fica mais difícil. Acredito na coragem de fazer primeiro”, diz. Simplicidade para resolver problemas complexos e a combinação de humor e inteligência são outros atributos elencados.

André Scaciota: “Recado de que o que eu penso para o nosso mercado é valorizado” | Imagem: Divulgação

Já a pressa, a dependência de métricas de curto prazo, a perda da estratégia em meio ao excesso de ferramentas e o risco de um profissional se formar pela lógica do “prompt perfeito”, e não pela consistência do pensamento crítico, preocupam. A dificuldade “não é sobre a resposta certa da inteligência artificial, é sobre a qualidade da pergunta. E IA não substitui ninguém. Ela amplifica potência, velocidade e eficiência. Na mídia, ela acelera interpretação, modelagem e processos”, testemunha.

Leia a íntegra da reportagem na edição impressa de 1 de dezembro.