Acordo envolve troca de ações que garante mais de 60% do controle do negócio
A fusão entre Omnicom e Interpublic Group (IPG) recebeu, nesta segunda-feira (24), o sinal verde da Comissão Europeia com a anuência dos 27 países signatários do bloco econômico. A operação, iniciada em 20 de outubro deste ano, foi aprovada sem necessidade de remédios.
A análise considerou os efeitos da transação nos mercados de comunicação de marketing e compra de mídia em países do Espaço Econômico Europeu (EEE). Segundo o parecer, a nova companhia deve seguir com participação moderada nesses segmentos e continuar disputando espaço com outros grupos globais, como WPP, Dentsu, Publicis e Havas.
Faltava apenas o voto da UE para que o novo Omnicom iniciasse formalmente a sua operação. A data oficial para isso acontecer será o próximo dia 1° de dezembro. Já confirmada pelos acionistas da nova maior holding de publicidade e serviços de marketing do planeta. Antes da UE, Brasil, Canadá, EUA e Reino Unido já tinham votado na consolidação da operação que vai gerar sinergias de US$ 750 milhões por meio da unificação de serviços (contabilidade e RH, por exemplo) que não interferem na gestão e independência das marcas das duas holdings, como TBWA, DDB BBDO, Foote, Cone & Beldind, Mediabrands, Lowe e McCann.
A nova Omnicom terá um faturamento anual superior a US$ 25 bilhões, com base no balanço de 2023, mas que certamente terá elevação a partir de 2026. Projeções indicam que possa ultrapassar os US$ 30 bi. A aquisição envolveu US$ 13,25 bi.
O órgão também avaliou que anunciantes têm margem para trocar de agência, já que os contratos costumam ser curtos, os custos de mudança são baixos e boa parte das contratações ocorre por concorrências.
Outro ponto analisado foi o impacto nas negociações com veículos de mídia. A Comissão concluiu que os grupos de mídia na região têm poder suficiente para equilibrar a relação comercial, o que reduz o risco de distorções após a fusão.
(Nota atualizada às 10h28)
Imagem do topo: Scott Graham/Unsplash