A agência lançará uma incubadora de criativas negras com o intuito de fomentar a inclusão de jovens no mercado de trabalho
A VMLY&R é a mais nova associada do capítulo Brasil do programa Aliança sem Estereótipos, da ONU Mulheres.
Como membro, a agência lançará uma incubadora de criativas negras com o intuito de fomentar a inclusão de jovens no mercado de trabalho. A iniciativa está alinhada aos princípios do movimento, que visa a conscientizar anunciantes, agências e a indústria em geral sobre a importância de eliminar os estereótipos da comunicação como um todo.
“Acredito que a publicidade e a indústria da comunicação só caminham de maneira sustentável quando se estabelece um diálogo constante e verdadeiro com a sociedade civil a partir de parcerias como essa. O combate ao machismo e à misoginia urge. Só conseguiremos levar isso de fato para as campanhas e para as trocas com os clientes se estivermos de mãos dadas com quem está à frente das discussões mais organizadas”, afirmou a diretora de diversidade, equidade e inclusão da VMLY&R para América Latina, Valerya Borges.
A incubadora de criatividades negras está prevista para ser lançada no primeiro semestre de 2023 e está atrelada ao plano de formação criado pela própria Aliança, que pretende ampliar as possibilidades para jovens profissionais no mercado da comunicação e está sendo desenhado em conjunto com universidades e outros parceiros.
“Como uma das agências líderes do mercado, é nossa responsabilidade contribuir de maneira efetiva com o aumento da diversidade no setor e uma das formas de cooperarmos com essa causa é investindo na formação de profissionais. Além disso, também faz parte do trabalho da VMLY&R amparar os clientes e ajudar a quebrar estereótipos nas campanhas desenvolvidas para as marcas que fazem parte do portfólio”, afirmou Rafael Pitanguy, CCO da VMLY&R.
A Aliança Sem Estereótipos, coordenada pela ONU Mulheres, tem o objetivo de promover a igualdade de gênero na publicidade, combatendo estereótipos por meio de reflexões e ações conjuntas com os principais agentes do setor, a partir de dados, campanhas, projetos com organizações da sociedade civil e universidades, treinamentos e produção de conhecimento por meio de guias e outros materiais.
"A Aliança Sem Estereótipos no Brasil tem um histórico de conexão e soluções práticas que apoiam as áreas de marketing de empresas anunciantes, que predominam na nossa membresia. Termos em nosso quadro agências de publicidade comprometidas com a agenda para promover mudanças reais em quem está à frente e atrás das câmeras nos ajuda a aprimorar as ferramentas para toda a indústria e completar mais uma etapa desse ciclo de impacto para a publicidade como um todo”, afirmou a gerente da Aliança Sem Estereótipos no Brasil, Daniele Godoy, da ONU Mulheres.
Ainda de acordo com Valerya Borges, para mudar o status quo, é preciso combater os estereótipos relacionados aos grupos minorizados. “É preciso mudar de dentro para fora. Acho que a Aliança Sem Estereótipos mexe no cerne do pensamento da publicidade, pois uma de suas funções é criar imaginário. Ela não é feita para vender, ela é feita para despertar o desejo. Com o passar dos anos, a publicidade percebe que tem um papel social. A gente precisa fazer quem está na indústria olhar toda essa construção geracional e rever o ponto de vista. Acho que a formação é importante para reprogramar e sustentar essa mudança. Para que quando novas pessoas cheguem nessa indústria, já encontrem um diálogo aberto”, completou.