Agência enxerga além das experiências profissionais e aposta nas habilidades individuais ao contratar novos talentos globalmente

Tasha Gilroy atua como global chief belonging officer na VML e foi contratada em 2006 para trabalhar com a equipe de RH e o CEO na então Y&R, quando a agência deu início ao departamento de diversidade. A profissional trabalhou ao lado do primeiro diretor de diversidade da Y&R e passou de coordenadora, para gerente até chegar ao cargo de diretora. “Com o tempo, esses líderes mudaram, mas permaneci na equipe global de RH. E então, à medida que fui ganhando mais responsabilidades e sendo promovida, comecei a administrar isso em todo o mundo, porque estava conectada ao grupo global”, relembra Tasha.

Muitas mudanças aconteceram, desde que a diversidade começou a ser inserida no dia a dia. No início, o assunto focava mais na quantidade de pessoas que as agências conseguiam contar, então, as estratégias do setor de RH eram voltadas a encontrar essas pessoas para preencher números. “O que começamos a perceber foi que poderíamos contratar quantas pessoas quiséssemos, mas se não fizéssemos o trabalho internamente com a cultura, e se as pessoas não se sentissem parte da empresa ou não se sentissem incluídas, elas não ficariam”, explica a profissional. Com o passar do tempo, os profissionais passaram a entender a importância de se sentirem representados e uma nova fase sobre conexão e pertencimento foi iniciada. “Por isso que deixamos de nos concentrar apenas em diversidade, equidade, inclusão, e mudamos para inclusão, equidade e pertencimento”, complementa.

Tasha é a primeira pessoa na função de global chief belonging officer na VML e o nome do cargo mudou diversas vezes, porque sempre esteve ligado a diversidade, inclusão e até equidade. Porém a diretora não queria mais o termo diversidade, por ser muito ligado à contagem de pessoas. “Quero ser a pessoa que gerencia o pertencimento. Estou entusiasmada por representar o negócio desta forma e representar comunidades em todo o mundo desta forma, porque cada pessoa é singular e a agência está empenhada em abrir espaço para isso. É por isso que não chamamos isso de iniciativa, projeto ou programa. Dizemos que é o nosso compromisso de pertencimento”, explica a profissional.

A diversidade ainda exige um trabalho árduo para a indústria publicitária num geral, principalmente quando se trata de representatividade em cargos mid-level e sênior, uma vez que agências fazem um bom trabalho ao atrair pessoas que estão iniciando na carreira, porém a dificuldade está em manter essas pessoas até níveis de liderança. “Fazemos um ótimo trabalho de recrutamento de pessoas, mas temos trabalho para garantir que todos sejam promovidos e tenham desenvolvimento. Então conseguir que os cargos seniores e de liderança tenham uma maior representatividade é mais complexo do que parece. Então, acredito que, como indústria, temos de fazer melhor”, explica Tasha.

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