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Fundada há mais de um século, a 3M nasceu no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, com uma ideologia que tem se mostrado fundamental para o DNA de empresas de ponta no século 21: a inovação. Desde que começou a se estabelecer, a companhia desenvolveu uma série de produtos que facilitaram a vida das pessoas e das corporações nos últimos cem anos, como a primeira lixa à prova d’água do mundo, que reduzia a poeira durante a produção de automóveis, as primeiras fitas adesivas sensíveis à pressão e o bloco de recados adesivos Post-it, que criou uma nova categoria de produtos no mercado e mudou a comunicação entre as pessoas no mundo corporativo.

A empresa investe grandes somas na área de pesquisa e desenvolvimento e adotou recentemente a marca “3M Ciência. Aplicada à vida”. No entanto, a filosofia é de que a inovação não necessariamente precisa ser cara, nem para o desenvolvedor e muito menos para os consumidores. “Nos dias de hoje, a tecnologia é acessível para todos”, argumenta Eric Quint, CEO de design da companhia que esteve no Brasil na última semana para treinar os designers da divisão brasileira e traçar as estratégias de desenvolvimento no país.

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Vencedor de mais de 40 prêmios de design e responsável pela criação da marca atual da companhia, Quint acredita que a tecnologia deixou de ser um diferencial e já se tornou fundamental, o que faz os consumidores buscarem novos elementos para escolher determinados produtos. “Como as pessoas já esperam que a tecnologia esteja em tudo, hoje elas estão mais preocupadas com sustentabilidade, por exemplo”, diz. Nesta linha, o executivo valoriza a construção do novo centro de design da companhia nos Estados Unidos, que foi conduzida a partir de um projeto sustentável e deve influenciar a criação de novos produtos sustentáveis para todo o mundo, inclusive para o Brasil.

“Somos uma companhia cientifica que cria valor para as pessoas. Como designers, nosso trabalho é encontrar soluções para as necessidades, identificando, desenvolvendo e entregando valor”, comenta Quint, que observa o design como uma arte capaz de conectar produtos e pessoas, elemento fundamental na relação que as empresas buscam ter atualmente com os consumidores. “Conexão é tudo e o design tem uma grande capacidade de engajar”, afirma.

Segundo Quint, para vender algo no mundo atual, além de ter uma mercadoria de qualidade e útil para a vida de alguém, é preciso envolver o produto em uma boa história. “Colocar storytelling. Hoje não se trata mais de apenas vender produtos, mas sim de construir marcas”, diz o designer, que ainda vê uma mudança no modelo de publicidade. “As próprias agências precisam repensar seu trabalho. Antes a propaganda criava o diferencial, mas agora precisa ir além e criar relações e experiências. Neste sentido, o digital é um elemento importante, que rompe as fronteiras”, diz o designer, analisando que aproximadamente 80% das necessidades humanas são as mesmas em todo o mundo, o que abre as portas para empresas inovadoras atuarem globalmente.