Alê Oliveira

O IAB Brasil promoveu nesta quinta-feira (20) o Ad Tech & Data, em São Paulo, com alguns dos principais especialistas do país em mídia programática. No final do evento, após análises e debates técnicos sobre a tecnologia, a diretora-executiva da entidade, Cris Camargo, conversou com o propmark e revelou certa preocupação sobre o tema. “O momento é crítico para a formação de profissionais que saibam usar toda essa tecnologia. Se não tiver gente que saiba surfar essa onda, corremos o risco de nos afogar”, alerta.

Assim como os palestrantes do evento, Cris acredita que a mídia programática está em um processo sem volta e tem muito potencial para crescer, mas também demonstra atenção para a necessidade de se criar regulamentação na área. Ela informa que o próprio IAB possui sugestões de conduta em âmbito internacional e comenta que tem trabalhado de maneira próxima com o Cenp para auxiliar na criação de um modelo sustentável no Brasil.

Por outro lado, cita a complexidade de criar regras que podem não se enquadrar com a realidade ou favorecer players digitais em detrimento de outros, como jornais e rádios. “É verdade que as regras estabelecidas hoje no mercado brasileiro são aplicáveis apenas para o off-line, mas nesse meio digital tudo é tão mutante que precisamos ter prudência para não escrever regras equivocadas e que não tenham duração”, diz. “Sou testemunha dos esforços do Cenp”, defende a executiva do IAB Brasil sobre comentários nos bastidores de que o Cenp tem demorado para definir as normas legais da mídia programática no país.