Tudo começa pelo número de pessoas com acesso à internet pelo celular, que aumentou consideravelmente nos últimos anos. Esse crescimento influencia diretamente várias áreas da comunicação das marcas. Principalmente, o mobile marketing. De acordo com dados divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80,4% utilizam a internet via celular.

Fabiano Destri Lobo, diretor-executivo para América Latina da MMA (Mobile Marketing Association), o mercado brasileiro está maduro. “O mercado está crescente, com uma curva de maturidade bem clara, muitas marcas estão investindo cada vez mais em mobile. Além disso, muitas agências se capacitando para fazer parte dessa conversa”, diz.

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O executivo da MMA garante que o mercado “mais que dobrou” no último ano. “E a tendência é que tenha uma aceleração ainda maior e uma maior alocação de verbas publicitárias para o mobile”, afirma.
Essa é uma tendência que vem sendo sentida pelos players, como a Pontomobi, por exemplo. Renato Virgili, CEO da agência, fala que um dos motivos da aceleração foi o aumento da base de smartphones e a popularização dos planos de dados. “Este cenário foi propício ao surgimento de oportunidades variadas para as empresas explorarem o celular como uma plataforma de exposição de marca, vendas de produtos e prestação de serviços”, garante.

Virgili, no entanto, ressalta que já ficou para trás aquele momento em que o celular era considerado um canal com bom potencial. Agora ele faz parte da rotina para suportar estratégias de comunicação ou de geração de negócios. “Ele é uma realidade para muitas empresas que, de fato, compreendem os seus clientes e hábitos de consumo de informação. As maiores empresas brasileiras já investem em publicidade, oferecem aplicativos com serviços relevantes para clientes e já adaptaram os seus sites para funcionar no desktop, smartphones e tablets”, destaca.

Já João Carvalho, CEO da Hands Mobile Advertising, relembra o empenho dos players desde quando as iniciativas do segmento eram baseadas em tecnologias mais simples, como SMS. “É muito gratificante chegar ao momento no qual algumas demandas começam a vir dos próprios anunciantes, que percebem que, para alguns targets ou objetivos específicos, o mobile pode ter um papel importante, por vezes crucial, na comunicação”, afirma.

Ainda de acordo com o CEO da Hands, as indústrias automotiva, financeira e de entretenimento são algumas das que mais têm investido em mobile marketing. “São segmentos que já entenderam a necessidade de falar com o target cada vez mais em movimento. Mas vai além disso: é preciso atuar de forma segmentada e geolocalizada, mostrar que se está presente no dia a dia destes usuários e gerar um residual de sua comunicação”, diz.

Para o executivo, alguns clientes já entenderam que deixar de investir em mobile marketing não pode ser opção. “Nós temos atuado para mostrar as possibilidades existentes com esse grande volume de usuários mobile, bem como as formas de aproveitar o potencial de segmentação que torna o investimento mais assertivo”, conta o executivo da Hands.

A Coca-Cola apresentou recentemente uma campanha realizada pela marca que utilizou bastante o mobile marketing feita para o último Natal. “O mobile marketing foi o que mais impulsionou os resultados”, avisou Tom Daly, diretor de marketing interativo da Coca-Cola. De acordo com um estudo feito pela marca, o investimento em mobile, que correspondeu a 19% do total, foi responsável por 47% das vendas geradas pela publicidade.

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“O custo-benefício do móvel é muito barato”, diz Daly. “Com pouco investimento você consegue ter um retorno muito maior”, conta o executivo da Coca-Cola.

Além disso, segundo o diretor de marketing interativo da Coca-Cola, o mobile é um dos drives mais importantes que existem atualmente. “O lucro incremental do mobile é muito maior”, afirma o executivo.

Cases

Nada melhor para ilustrar o atual cenário do mobile marketing no Brasil do que os cases que algumas agências colecionam. A Pontomobi é uma delas. “Nos últimos seis meses, viabilizamos diferentes projetos em segmentos muito distintos”, revela Virgili.

Um dos cases da agência foi a criação do aplicativo Meu Vivo, feito para a operadora de telefonia móvel. O canal oferece serviços distintos para clientes, tais como consulta à segunda via de contas, controle do consumo de plano de dados, atendimento por chat etc.

Outro case desenvolvido pela Pontomobi foi para a universidade Estácio de Sá. A instituição levou para o celular os principais serviços de secretaria acadêmica. “Foi uma transformação na forma como o aluno se relaciona com a universidade, podendo tratar temas variados direto do celular”, diz Virgili.

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