Em tempos em que leis de compliance e de privacidade são cada vez mais discutidas na internet, um estudo da Adobe revelou que 28% do tráfego da internet, ou seja, quase 1/3 das conexões, são feitas por robôs ou não-humanos.  A empresa de softwares está trabalhando com uma base de seus clientes nas categorias de viagens, varejo e sites de notícias para identificar quanto de sua audiência tem características de navegação não-humana.

Compreendendo esse volume, marcas podem identificar qual é a real parcela de consumidores que seguem e interagem com os anúncios das marcas. “Estamos tentando entender nosso tráfego em um nível mais profundo. E não apenas compreender, mas entender o que esses acessos representam. São pessoas? Bots maliciosos? Benignos?”, pontuou Dave Weinstein, diretor de engenharia da Adobe Experience Cloud ao Wall Street Journal.

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Segundo o executivo, as descobertas do estudo evidenciam não só o problema de fraudes, mas como o volume de bots pode influenciar diretamente a industria do comércio digital, ao mesmo tempo em que estimula os profissionais de marketing a repensarem suas estratégias na internet. Isso porque o tráfego de não-humanos pode inflar o número de acessos, dando a falsa expectativas de retorno aos anunciantes.

Mas nem sempre a navegação de não-humanos significa robôs malignos. O avanço de novas tecnologias tem permitido que novos usuários tenham surgido na internet. “Nós identificamos que com o crescimento de assistentes digitais, como Alexa e Google Home, o tráfego será cada vez mais automatizado também. Em longo prazo, humanos de verdade serão uma parcela cada vez menor do tráfego”, ressaltou Weinstein.

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