Até 2020, até US$ 25 bilhões em investimentos devem migrar da TV para os vídeos online ao ano, aponta um estudo divulgado recentemente pela agência de marketing digital Distilled. Segundo o documento, intitulado “The future of TV” (“O futuro da TV”), o mercado de TV está “resiliente”, tendo em vista a queda de audiência, e verá parte de seus investimentos ser destinada ao segmento digital caso a situação permaneça como está.

O que explica o investimento em vídeos online é a mudança de hábito do consumidor, que assiste cada vez menos TV e migra para a internet. Nos Estados Unidos, diz o relatório, 80% dos domicílios já têm algum dispositivo conectado à internet que funciona como alternativa à TV. Serviços como o Netflix e o YouTube são apontados como os principais “ladrões” de atenção da televisão.

O relatório lembra que muitos analistas estão prevendo essas mudanças há algum tempo, mas afirma que a indústria finalmente chegou a um estágio em que dispositivos, programas e a velocidade conexão permite que elas de fato aconteça. Will Critchlow, CMO da Distilled, afirma que se trata de uma “reviravolta significativa para o futuro dos comerciais de TV”.

Como os anunciantes estão dando cada vez mais importância às plataformas digitais, o documento indica que as oportunidades nesse segmento crescerão cada vez mais. “A internet está fazendo o que faz de melhor, está fazendo com que os programas de TV possam ser assistidos a qualquer hora”, continuou o executivo. “Em um futuro próximo, os comerciais serão exibidos com base em quem e a que horas está assistindo o programa”, finaliza.

A diversidade de combinações de canais, programas, dispositivos e serviços será tão grande que ficará praticamente impossível de negociar espaços para comerciais individualmente, o que abre espaço para que algum empresa se estabeleça como a “AdWords” dos vídeos online ao criar uma plataforma que atenda a essas demandas. “Seja quem for, acreditamos que a criatividade será crucial, particularmente a habilidade de contar histórias e criar coisas que as pessoas vão gostar”, completa.