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Ideias, ideias e mais ideias. 

Há exatos 51 anos, considerando o início de sua história a partir da primeira publicação da coluna Asteriscos, em 21 de maio de 1965, o PROPMARK acompanha a força e a criatividade das ideias em torno do marketing.

No começo, meio e fim de todos os processos envolvendo publicidade, mídia ou qualquer estratégia de comunicação sobre consumo, elas são simplesmente um elo vital na lei de oferta e procura.

As boas ideias, especificamente, tanto as que surgem por acaso como as que vêm após árduos partos, desgastantes reuniões ou divertidos exercícios de brainstorming, são imprescindíveis para a eficácia das mensagens que chegam ao target.

Elas são válvulas essenciais para ativar as múltiplas engrenagens que resultam em algum tipo de sucesso mercadológico, seja em lançamento, vendas, recall, visibilidade ou fortalecimento de marcas.

Nesse infinito e insondável mundo das ideias, os slogans e conceitos publicitários são palavras que mantêm o incrível poder de sintetizar a força do movimento de produtos ou serviços. Da natureza da matéria-prima aos complexos esquemas de produção e logística, passando pelos números de GRP, views, cliques, CPM, métodos “quanti-quali” ou uma pura investigação de tendências, eles, os slogans, parecem captar de uma só vez todos os códigos, muitos deles absconsos, guardados atrás de roupas, geladeiras, automóveis, calçados, alimentos, remédios, bebidas, smartphones, bancos ou cartões de crédito.

Ainda nesse fluxo de força, como se fossem dotados de superpoderes, eles conseguem se instalar no cérebro do consumidor e conquistam um cantinho próprio, bem especial, na memória de quem influencia ou de fato toma as decisões de compra. Além disso, se viralizam, viram bordões, gírias, ganham adaptações e invadem a cultura popular tanto em um papo de família quanto em uma discussão de negócios ou em uma conversa de botequim.

Nesta edição especial, para comemorar seus 51 anos, o PROPMARK faz uma homenagem a esses incríveis recursos da publicidade, que são os slogans e conceitos de marcas.

Pela obviedade que o número do aniversário proporciona, com remissão automática a Uma boa ideia, o ótimo slogan da Cachaça 51, a homenagem se curva a 51 boas ideias que já vimos ou ouvimos na mídia nessas últimas décadas.

A partir de pesquisas e consultas a muitos profissionais dos diversos segmentos que fazem marketing, a Redação selecionou 51 slogans ou conceitos que podem representar “uma boa ideia”. Para cada um deles há um convidado especial para uma interpretação visual.

Importante ressaltar que a escolha não tem a mínima pretensão de apontar as 51 melhores ideias ou melhores slogans já apresentados pela publicidade criada no Brasil e no mundo. É claro que ela foi feita a partir de critérios associados a impactos mercadológicos. Também foi avaliada a diversidade dos segmentos e categorias de produtos. Mas, acima de tudo, a homenagem ressalta a fantástica dimensão dos slogans na mente, no coração ou no comportamento dos consumidores.

Boas ideias a todos!

História do PROPMARK acompanha o fortalecimento do mercado

O PROPMARK chega aos 51 anos de circulação e nesse período acompanhou o desenvolvimento das boas ideias dos profissionais de criação, a evolução do planejamento, a consolidação da mídia e da própria atividade. Surgiu como uma coluna, a Asteriscos, no Diário Popular no dia 21 de maio de 1965, assinada por Armando Ferrentini.

É testemunha ocular da busca dos criativos por elementos para consubstanciar estratégias de comunicação e, por consequência, obter o brilho dos holofotes nos grandes festivais como o Cannes Lions. E também de um contingente que atua nos bastidores para garantir a fluidez da estrutura do negócio, sobretudo para estabelecer regras e parâmetros legais que envolvem códigos de conduta, posicionamento comercial e ambientação corporativa.

Bem antes do lançamento da Asteriscos, um dos grandes fatos de importância para o mercado foi o primeiro código de ética profissional da publicidade, em 1957. Posteriormente, ele foi destacado em diversas edições do PROPMARK.

O código era a sequência da mentalidade corporativa iniciada com a Associação Brasileira de Propaganda em 1937. Em 1949, foi lançada a Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), que assumiu as principais iniciativas do segmento.

O papel da Abap no 1º Congresso Brasileiro de Propaganda, realizado de 23 a 28 de fevereiro de 1959, foi fundamental. Era um momento de profissionalização e de uma virada das agências locais, que decidiram fazer frente às multinacionais usando os mesmos atributos de conhecimento para dialogar com os anunciantes de forma pragmática. Antes da segunda edição, realizada entre 23 e 28 de fevereiro de 1969, três meses antes da assinatura do Ato Institucional nº 5, o momento mais sombrio do regime de exceção, o mercado se articulou para aprovar a Lei 4.680, no dia 18 de junho de 1965. Um ano depois, foi promulgado o Decreto 57.690, que regulamentou a Lei da Propaganda, como ficou conhecida.

Na terceira edição do Congresso, de 17 a 20 de abril de 1978, a ditadura militar ainda ditava as regras, mas o mercado publicitário resolveu se concentrar nas questões empresariais, afinal havia um crescimento de 8,8% no volume de negócios, equivalente a 1,5% do PIB. Um dos fatos relevantes do evento foi a aprovação do Conar (Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária). A ideia ganhou relevância com a ameaça do governo de sancionar uma lei que iria censurar peças publicitárias. O relator Caio Aurélio Domingues costurou o texto final, com colaboração direta de Mauro Salles. 

Dois anos depois, foi inaugurado oficialmente o Conar, com anuência da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), da Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas), da ANJ (Associação Nacional de Jornais), e da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão).

Em 1984, o projeto editorial da Asteriscos evoluiu para Caderno Propaganda & Marketing e passou a circular como suplemento dos jornais Gazeta Esportiva e Folha da Tarde. O site www.propmark.com.br entrou no ar em 1998. Um ano depois, com o fim do jornal Folha da Tarde, foi suprimida a palavra “Caderno” e tornou-se Propaganda & Marketing com logística independente. 

Em 2007, adotou a identidade propmark (em caixa baixa), com projeto gráfico desenvolvido pelo diretor de arte Pascoal Fabra Neto, sob a coordenação do diretor de redação Marcello Queiroz.

Alê Oliveira

A Abap liderou a organização do 4º Congresso de Publicidade, realizado entre 14 e 16 de junho de 2008, em São Paulo. O jornal fez cobertura especial do encontro. Além de uma homenagem aos 200 anos da imprensa no Brasil, o 4º Congresso organizou 15 comissões temáticas e reuniu o mercado, 30 anos após o encontro de 78, em torno de uma pauta para estimular o desenvolvimento do mercado. Foi criada no evento a Frente Parlamentar da Comunicação, liderada pelo deputado Milton Monti (PP/SP), que ajudou na aprovação da Lei 12.232/2010, do deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), que reconheceu o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) e, entre outras coisas, as BVs (Bonificações de Volume).

O 5º Congresso, quatro anos depois, foi um marco ao ampliar a pauta e o espectro para a indústria da comunicação, muito além da publicidade. Foram 34 trades contemplados, como o gráfico, veículos, anunciantes, marketing promocional, produção e tecnologia. O tema central foi a liberdade de expressão.
Nesses 51 anos, o mercado acompanhou uma evolução sintomática. Passou a contar com o Clube de Criação de São Paulo, fundado em 1976, um ano depois do clube do Rio de Janeiro. Foi nesse período que a publicidade brasileira começou a fazer bonito nos principais festivais internacionais, especialmente o Cannes Lions, que atualmente tem o país entre os seus protagonistas.

O Grupo de Mídia de São Paulo, lançado em 1968, reúne mais de mil profissionais de agências. A entidade exerce papel didático na formação cultural da atividade, sobretudo nas demandas relacionadas à era digital, em que tudo é mídia. O Grupo de Profissionais de Mídia do Rio de Janeiro foi criado em 19 de janeiro de 1972, em reunião na sede da ABP (Associação Brasileira de Propaganda), originalmente com o nome Clube dos Medias.

A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), que representa as produtoras de comerciais há mais de 40 anos, defende os interesses do segmento, como na recente articulação que pôs fim às BVs pagas às agências. A Aprosom (Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários) foi fundada em 1973 “com o objetivo de estabelecer normas, defender as empresas prestadoras de serviços de som no mercado publicitário e garantir aos associados proteção legal de direitos autoral”. Outras entidades, como a Central de Outdoor e a Associação Brasileira de Mídia Exterior, são fruto da profissionalização iniciada em 1965, com a Lei 4.680. Na era digital, o mercado conta com o IAB (Interactive Advertising Bureau).

No dia 7 dezembro de 2015, dentro das comemorações de 50 anos, foi lançada a marca PROPMARK com uma série de mudanças que incluem o formato tabloide e impressão em papel couché. O projeto gráfico do PROPMARK é assinado pela agência Africa.