Com circulação média de 900 milhões de passageiros por ano, o metrô de São Paulo tem ganhado relevância como vitrine para anunciantes. Mas os formatos vão além das telas nas plataformas ou mídia estática nos vagões e estações. Com o avanço do digital out of home, que cresceu 12,6% em 2016, segundo dados da Global Entertainment and Media Outlook, da PwC, formatos digitais têm ganhado força. 

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Há dois anos no Brasil, a Adtrackmedia inaugurou no país um novo espaço publicitário. O túnel de LED recebe a projeção de imagens das campanhas, formando um vídeo de até 15 segundos. A peça animada é vista através da janela do vagão. O formato se destaca, sobretudo, pelos preços atrativos, alto impacto e lembrança de marca, e já foi testado na ViaQuatro, Linha Amarela, por marcas como Sadia, Coca-Cola, MTV, HBO e McDonald’s, entre outras.
Segundo Leander Menezes, gerente da operação brasileira, as vendas do modelo registraram, de janeiro a maio deste ano, um crescimento de 200%. A expectativa agora é expandir o serviço para outras estações da linha. Até o momento, as projeções em vídeo são feitas apenas no túnel da estação Paulista.

“O paulistano passa de duas a três horas diárias em deslocamento. O túnel acaba sendo uma oportunidade de mídia inovadora, que surpreende por ser um formato grande, que ocupa quase toda a janela do vagão e chama atenção mesmo se o passageiro estiver com o celular”, explica o executivo. Não à toa, o formato demonstrou lembrança de marca superior aos demais modelos de mídia no metrô.

Segundo levantamento feito pela empresa para medir a assertividade do formato, 47% dos usuários do metrô disseram se lembrar dos vídeos exibidos no túnel de LED, contra 28% que se lembraram dos anúncios em telas nas plataformas, 17% da mídia estática na estação e outros 16% da mídia estática no trem.

Com atuação na Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Japão e Canadá, a Adtrackmedia se prepara também para levar o formato para outras praças, como Rio de Janeiro e Brasília, dependendo apenas do maior investimento dos anunciantes no modelo.

Para o executivo, essa é uma questão apenas de tempo, principalmente porque as marcas que costumam apostar no formato já descobriram o poder da mídia em impactar os jovens.

Em Madri, por exemplo, o anunciante precisa enfrentar uma fila de seis meses. Isso porque a empresa comercializa exclusividade no espaço para alguns segmentos caso a compra de mídia seja superior a 25 semanas. No Brasil, a expectativa é que em breve os espaços sejam cada vez mais disputados. “O fenômeno da convergência dos meios abre espaço para novas mídias, como o túnel de LED, altamente impactante e fora do contexto. O público da geração Millennial passa entre 12 e 18 horas todos os dias fora de casa, e 50% dos nossos usuários tem esse perfil”.

Outra vantagem da mídia é que ela não exige do anunciante nenhuma adaptação do material em vídeo que ele já tenha. Qualquer formato, como MP4 ou wave, por exemplo, rodam facilmente no túnel.