Divulgação

O Brasil ganhou apenas quatro prêmios no Festival of Media Latam Awards, que aconteceu na sexta (25), no The Ritz-Carlton Key Biscayne, em Miami. Foram dois ouros, uma prata e um bronze. O país tinha 14 indicações no shortlist e foi o quarto mais premiado, atrás de México com dez cases vencedores, seguido por Colômbia, com sete, e Guatemala, com cinco.

A SapientNitro levou o ouro em Melhor Uso de Mobile com a campanha Voice Cooking criada para Mondelez, com a marca Philadelphia. O outro ouro foi conquistado pela campanha Tá no Mapa!, assinada pela J.Walter Thompson para AfroReggae, na categoria Uso Criativo de Mídia. A prata veio em Melhor Estratégia de Engajamento pela campanha A live class with Mr. Wolf, da Wieden + Kennedy para P&G. Na categoria Melhor Plataforma de Entretenimento o case Casa Coca-Cola, da Posterscope para Coca,  ficou com o bronze.

Discovery Communicatios foi escolhida a empresa de mídia do ano. A Clear Channel recebeu um prêmio de reconhecimento na mesma categoria. O Grand Prix de campanha do ano foi para o case colombiano Entre Panas, da Arena Media e Havas Sports & Entertainment para Bavaria. A OMD Guatemala levou o GP de Agência do Ano e a OMD ficou com o de Rede de Agências do Ano.

Durante a cerimônia de entrega do prêmio, o chairman e editor-chefe da C Squared, Charlie Crowe, apresentou uma nova categoria para o festival do próximo ano: D’Atlas Brand Purpuse Awards 2016, com apoio da Discovery.

Liderado por Fernando Machado, VP global de gestão de marketing do Burger King, o júri contou ainda com a presença dos brasileiros e Adrian Ferguson, VP de mídia da DM9DDB, e Paulo Sant’Anna, diretor-geral de mídia da DPZ&T. “Foi muito bacana ver campanhas que eu não conhecia de países que não tem tanta tradição em prêmios, como Guatemala e Colômbia. Somos uma região muito fértil em termos de criação”, disse Machado.

O profissional da DPZ&T também achou positivo a participação no evento. “Adorei ter um papel presencial no julgamento neste ano. É um intercâmbio de experiências”, disse Sant’Anna que no ano passado participou do júri online do shortlist.

Segundo Sant’Anna, o Brasil provavelmente teria tido melhor resultado se as agências tivessem inscrito as mesmas peças em mais categorias. “O Brasil apostou em algumas categorias para alguns cases, mas eles ficariam melhor em outras categorias, não foram inscritos na categoria adequada. Talvez porque as agências tenham escolhido algumas e não puderam inscrever em todas. A lição que fica é apostar mais no festival”.

Alessandre Siano, representante do festival no Brasil, concordou. “O comentário geral é que alguns cases poderiam ter performado bem se eles tivessem sido inscritos em diversas categorias. Como muitos estão em uma categoria, apostou-se que ele poderia ir bem nela, mas de fato teria ido melhor se estivesse em outra”, disse.

De acordo com Sant’Anna, a crise brasileira pode ter tido uma parcela de culpa no resultado deste ano, bem inferior aos de 2014. “Está sendo um ano difícil e talvez esse shorlist seja um reflexo disso”, falou. No ano passado, o Brasil teve 21 indicações entre os finalistas e ficou com 11 prêmios, sendo o país mais premiado do festival. Na ocasião, Leo Burnett Tailor Made conquistou o prêmio de Campanha do Ano com o case Enterro do Bentley para a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) e, além disso, o Brasil levou quatro ouros, quatro pratas e três bronzes.

Apesar da crise, no entanto, a participação do Brasil no festival foi boa, de acordo com Siano. “Mesmo com este dólar, a gente teve um bom número de brasileiros que vieram ao evento porque entendem que o Brasil está inserido na América Latina em termos de negócios de mídia. Quem esteve aqui pode trabalhar bem o networking, que é um ponto muito forte do evento. E os palestrantes brasileiros mais uma vez foram um show à parte”, completou.