Quando a questão é live marketing, as agências tradicionais estão atrasadas, pelo menos na opinião de Patrick Fló, head of brand connections da Heineken. “Elas sequer venceram a questão digital”, afirmou. Convidado do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing, realizado entre esta segunda e terça-feira (29 e 30), em São Paulo, o executivo participou de um painel ao lado de Marcelo Lenhard, vice-presidente executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional); Diego Senise, CEO da Ilumeo; e Maurício Ferreira, CMO da Microsoft.
Segundo Fló, a relação da empresa com as agências parceiras acontece de maneira desorganizada nos projetos que envolvem ações de live marketing. Mas, no fim, todos se entendem. “O processo criativo como um todo tem essa característica”, concordou Ferreira. O CMO da Microsoft defendeu a nova posição da marca, mais aberta a ideias fora do clichê que anos atrás. “Quando falamos sobre clientes e agências, caímos na questão ‘do ovo e da galinha’. Sempre vai ter um dizendo que cansou de ter boas ideias, mas elas foram vetadas, e outro respondendo que faltam iniciativas ousadas. Quando buscamos uma agência, buscamos um parceiro de negócios. Esse é um tipo de olhar que funciona”, disse.
Convênio
Ao fim do dia, foi assinado o Termo de Reciprocidade entre a Ampro e a Caixa Econômica Federal. Detalhes do acordo serão divulgados nesta terça-feira (30), segundo dia de congresso. Também foi rapidamente discutida a questão da portaria nº 422, do Ministério da Fazenda, que estabelece novas regras para a distribuição de prêmios gratuitos. Entre os pontos da nova determinação está a proibição de concurso cultural relacionado a produtos ou à propaganda da marca promotora.
“A Caixa assume o compromisso de orientar, auxiliar na adaptação e legalização dos projetos junto a empresas e agências neste período de transição. Não queremos que ninguém perca prazos ou boas ideias. Sabemos que o Dia dos Pais está próximo e que esta é uma data importante para o mercado. É nossa meta resolver essas questões com velocidade”, afirmou Edilson Carrogi, gerente nacional de loterias da Caixa.