A ideia não é abandonar o tradicional e de fácil reconhecimento slogan “uma boa ideia”, mas sim ampliar seu significado. Para isso, a Cia. Müller de Bebidas, dona da Cachaça 51, contratou a MariaSãoPaulo para reposicionar a bebida no mercado e mostrá-la como patrimônio do Brasil, um país que, na nova campanha, é considerado o verdadeiro lugar das boas ideias. O comercial para a televisão estreou no domingo, 26, além de materiais impressos e digitais.
Novata no mercado, a MariaSãoPaulo, localizada na Vila Madalena, em São Paulo, foi a responsável por toda a nova campanha da 51, que traz retratos do Brasil e questiona o público sobre o que seria uma boa ideia. “Estrangeiros sempre caem nos clichês de que o Brasil é o país da alegria, do futebol e do samba. Naturalmente, a publicidade também cai nesse clichê. É normal, mas o que fizemos foi ampliar o significado do país e do termo ‘uma boa ideia’, pois notamos que ele estava carente de sentido. Todos o associam à cachaça, mas não conseguem explicar a razão. Nós achamos que o Brasil, como um todo, é uma boa ideia e buscamos fazer essa relação na campanha”, conta o CEO da MariaSãoPaulo, o argentino Juan Maresca.
Segundo Maresca, o mix da campanha prevê investimento de 24% em ações digitais. Até então, o investimento na área era de 2%. Com isso, a ideia é ampliar o público-alvo da bebida, a partir de mensagens direcionadas também aos mais jovens. Foram necessários seis meses de pesquisas em diversos Estados brasileiros, estudando hábitos de consumo da população e ainda aspectos culturais. “Nós fizemos um trabalho sobre a cultura brasileira para entender as pessoas. Foram feitas pesquisas em diversas regiões, além de ouvir psicólogos e antropólogos, tudo para compor a mensagem da campanha”, ressalta ele.
Há seis meses no mercado, a MariaSãoPaulo, dos sócios Einat Eisler Carasso, Gustavo Pinto e Maresca, chega com uma proposta diferente. “Foi quando começamos a trabalhar com a Cachaça 51 que descobrimos quem realmente deveríamos ser. Somos uma agência, mas pode nos chamar de Maria. Temos esse nome não só porque ele é o mais popular do mundo, mas porque, de alguma forma, na vida de milhões de pessoas, ele também é significativo. Nós acreditamos nisso. No poder de ser simples. Inteligentemente simples”, diz. “Amamos mastigar informação e mergulhar em conhecimento sociocultural para começar qualquer projeto. Sabemos que nada disso é uma tarefa fácil, por isso assumimos que para manter o foco não precisamos de dezenas de clientes, apenas uma mão cheia, cinco deles, e com a outra mão desenvolvemos ideias verdadeiras, inteligentes e criativas. Trabalhamos como se fossemos sócios do cliente, porque gostamos desse comprometimento”, acrescenta Maresca.