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A alguns poucos meses das eleições nacionais da entidade, que ocorrem em abril, está sendo realizada nesta segunda-feira (28), no hotel Grand Hyatt, no Rio de Janeiro, mais uma reunião com as lideranças regionais da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). Na pauta, questões específicas de cada mercado, balanços, prestações de contas da própria Abap e, naturalmente, temas de grande complexidade como as recentes polêmicas em torno do BV levantadas pelo Governo Federal e a informação, que teria vindo da Secretaria Especial de Comunicação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República (Secom), do plano de criar uma agência interna para cuidar das comunicações do Governo Federal, publicada pela revista Época. Também está sendo lançado oficialmente o guia de Compliance da Abap, elaborado com o auxílio da Fundação Dom Cabral, que ainda está em fase de revisões mas já ganhou uma versão inicial. 

A Abap divulgou para as suas regionais um plano de benefícios com 55 acordos para fornecer ferramental de trabalho  – administrativos, criação, controle de dados etc – para as agências, algo totalmente inédito na entidade.  O material foi despachado para cerca de 150 agências em todo o Brasil e divulgado em mais detalhe na reunião. 

“A ideia é ir ampliando o plano, com  foco na melhoria, na segurança, na qualidade, agilidade de administração de uma agência”, explica Mário D’Andrea, presidente da entidade, que disse ao PROPMARK que deve se reeleger para um segundo mandato, seguindo a tradição dos que o precederam de permanecer pelo menos dois mandatos. 

Também foi tratado na reunião o programa de formatação de licitações liderado pelo advogado da entidade, Paulo Gomes, que vem viajando pelo país oferecendo o serviço. 

“Estamos ouvindo as necessidades locais para incrementar o programa de benefícios. Há questões fiscais que precisam de atenção em alguns estados. Muitas prefeituras precisam entender como funciona a nossa atividade, por isso programamos visitas com nossa área jurídica”, disse D’Andrea. 

Quanto aos temas mais polêmicos, D’Andrea diz que o momento é de conversa. 

“Estamos falando, conversando. Não é momento de enfrentamento. Sobre a possibilidade do Governo ter uma house, sinceramente nunca vi um Governo fazer algo semelhante, vi clientes privados fazerem e se arrependerem. A conta não fecha, e do ponto de vista de negócio não faz sentido”, disse D’Andrea. 

Sobre BV, a questão maior é lidar adequadamente com as acusações feitas, de que o mercado estaria praticando alguma atividade ilícita. Segundo D’Andrea, é preciso esclarecer uma série de questões.

“Estamos falando sobre o tema e esclarecendo na imprensa, por exemplo, e procurando canais – e estamos conseguindo alguns – para explicar como a nossa atividade funciona, e procurar neutralizar informações levianas que estão sendo espalhadas. Há quem esteja disposto a ouvir. Por outro lado, acredito que o Governo tem muitos problemas maiores para se preocupar, agora”, disse o executivo.