A transformação digital acelerou alguns processos que vinham ganhando cada vez mais destaque nos critérios de compra do consumidor: a identificação com aquilo que está sendo comercializado e o propósito das empresas por trás dos produtos. Mas, para além disso, um novo olhar foi redirecionado para a comunicação criativa e diversa na hora de chamar a atenção do público e impulsionar os negócios. Possibilitado graças ao poder de influência das marcas que entenderam a importância da arte em seus processos criativos de comunicação.

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Vale a pena ressaltar também que este processo ganhou ainda mais fôlego com a pandemia causada pela Covid-19, que obrigou a maioria das empresas a fazer a transição digital e buscar ampliar seu leque de atuação em plataformas digitais e de e-commerce no período. Um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revela o amplo crescimento nas vendas via comércio eletrônico, em 2020.

No ano passado, a participação do e-commerce saltou 68%, em comparação com 2019. É incrível notar a forma como a comunicação evoluiu desde a década de 1990. Isso se aplica às mídias consideradas tradicionais e ao mercado publicitário.

Antigamente, as pessoas eram ‘obrigadas’ a consumir o que os veículos transmitiam, seja na televisão, no rádio ou na mídia impressa.

Com as novas tecnologias, tudo mudou e, atualmente, o consumidor pode escolher exatamente por qual conteúdo será impactado.

Este cenário propôs um desafio enorme para todos os profissionais que trabalham com marketing e para o mercado publicitário como um todo.

Uma vez que o público está no controle, mais do que nunca, gerar conteúdo relevante se torna um fator essencial para o sucesso de qualquer campanha.

A cada dia, torna-se mais imprescindível se diferenciar, gerar empatia e trabalhar com interatividade.

São elementos que, de fato, despertam o interesse da audiência. Esta é uma tendência que veio para ficar e, provavelmente, ganhará mais e mais força com o passar dos anos.

Foi muito por conta disso que a arte ganhou um espaço relevante dentro do mercado publicitário. Como o universo de possibilidades artísticas é praticamente infinito, é extremamente viável trabalhar de diversas formas para atrair o consumidor através de peças criativas nos mais variados formatos.

Para exemplificar esta variedade, podemos citar algumas ações que são usadas com bastante frequência em campanhas publicitárias e ações de marketing, como os murais, as ilustrações, os painéis “instagramáveis”, as instalações, além do 3D e formatos mais tecnológicos.
Note como, nos últimos anos, a street art surgiu como uma potência para superar este desafio.

A ideia de “fugir” do padrão e se destacar em meio ao cinza das grandes cidades faz cada vez mais sucesso e, além de transmitir a mensagem do anunciante de forma criativa, ainda gera uma contrapartida para o cenário urbano, levando cor, alegria e deixando um legado para a população com obras de arte visualmente atrativas.

Não é tarefa fácil fazer com que uma empresa seja lembrada, isso vai muito além de uma comunicação que vise a vender um produto, é preciso imprimir propósito e impactar de forma ampla a vida de quem está consumido, oferecendo uma verdadeira experiência, e a arte é capaz de fazer isso porque ela é e sempre será revolucionária.

Victor de Barros é fundador e CEO da Dionisio.Ag, uma agência de arte especializada em conectar empresas a artistas