Mariana Sensini (Divulgação)

Mariana Sensini, head de growth do Pinterest para Brasil e América Latina, celebra os dez anos da plataforma e fala sobre parcerias com marcas como Leroy Merlin, Discovery, Food Network e Tastemade, além de novos produtos pensados especificamente para o público brasileiro, que representa um de seus maiores mercados. São 38 milhões de usuários no Brasil. Na América Latina, registram forte crescimento em países como México, Argentina, Chile e Colômbia. Atualmente, a marca concentra seus esforços de mídia em TV e OOH, mas ainda não monetiza com publicidade na região. O Pinterest pretende passar a investir nessa frente, ainda que sem data para isso.

PLATAFORMA

O Pinterest não tem os principais atributos para que seja definido como rede social. A interação dos usuários se dá muito mais pelos interesses que eles compartilham do que pelo seu gráfico social. É uma plataforma de descoberta visual. As pessoas não entram para ver as fotos dos amigos e sim para fazer uma navegação mais voltada aos seus gostos pessoais: decoração, coisas para fazer com os filhos. A missão da empresa é ajudar as pessoas a descobrirem ideias para viverem a vida que elas amam. A principal missão é criar uma experiência totalmente personalizada para cada pessoa, inspirar pessoas.

DEZ ANOS

Este é um ano muito importante para o Pinterest, quando diversas ferramentas serão lançadas globalmente. Ao longo desses dez anos a empresa foi se desenvolvendo como uma plataforma de descoberta visual e tem uma série de funcionalidades que vieram junto com isso. A plataforma de shopping, por exemplo. Hoje são mais de 2,5 bilhões de imagens que foram mapeadas e elas podem ser linkadas a produtos. Há uma série de ferramentas que lançamos, não só por conta dos dez anos, mas que estão sendo aperfeiçoadas, como a aba “Hoje”, que favorece muito o momento da quarentena porque traz ideias para que a gente possa realizar hoje. Todo dia um time cura conteúdo específico relacionado às atividades para serem feitas dentro de casa.

MÍDIA

Temos parcerias com os canais Food Network e Discovery e, sazonalmente, a gente cria conteúdos para inspirar essas audiências. Para celebrar os dez anos teremos conteúdo exclusivo lá e com creators. Muitos outlets de mídia OOH distribuem vídeos do Pinterest. Os próprios canais da Discovery também são parcerias onde valorizamos os principais criadores de conteúdo, impulsionando não só no Pinterest, mas também nestes parceiros de mídia. Contamos com diversas estratégias, como paid aquisition. Temos as campanhas always on de growth focadas em conversão de usuários e algumas estratégias de compreensão para aumentar awarness da marca.

PARCERIAS

Temos diversas parcerias com as marcas que produzem conteúdo. A Leroy Merlin, por exemplo, tem o “Faça Você Mesmo” e esse tipo de conteúdo inspira muito o usuário do Pinterest. Temos interesse em impulsionar organicamente, através de highlights editoriais e ferramentas de destaque, conteúdos com apelo para o usuário. Valorizamos essa produção que é pensada exclusivamente para o Pinterest, como fazem Tastemade ou Food Networks. O foco é ter cada vez mais conteúdo na plataforma, principalmente em vídeo, e trabalhar parcerias estratégicas com operadoras. O Pinterest ainda não monetiza, não vende publicidade na região, mas isso vai acontecer, não temos uma data, mas vamos nos estruturar para isso.

BRASIL

O Brasil é um dos principais mercados tanto em volume, como em crescimento para o Pinterest. Temos uma aproximação muito forte com as áreas de produto, engenharia e marketing, e eles escutam muito feedback do time local na hora da concepção dos produtos. As ferramentas de comunicação que se usam aqui, como podemos tirar vantagem disso para nosso desenvolvimento, o que os criadores precisam, existe uma troca rica de experiências. Sabemos que a base de WhatsApp no Brasil é expressiva, então um dos experimentos que realizamos foi a possibilidade de o usuário fazer um share usando essa ferramenta, o que na Ásia seria um pouco diferente. Nem tudo é supercustomizado e a tendência é que o padrão de navegação seja similar, mas o modelo de distribuição e sinais que a plataforma capta do usuário brasileiro é diferente do sinal de outros países.