País escasso de ídolos vivos, apesar da sua grandiosa população em torno de 210 milhões de pessoas, o Brasil prefere reverenciar seus “heróis” populares, transformando em comoção nacional a morte de um deles, principalmente no caso de Gugu Liberato, que por uma fatalidade do destino acidentou-se em sua casa nos Estados Unidos, onde morava com a família.
Um tipo de acidente até comum em nosso país, mas sem provocar o pior resultado, que no caso de Gugu (e nos Estados Unidos) foi a sua morte.
Impressionou a todos que passaram pelas cercanias da Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Ibirapuera, a quantidade de admiradores que fizeram questão de lhe dar o último adeus, enfrentando fila quilométrica para chegar até seu caixão.
Há poucos segmentos, e isso lamentamos, que produzem notoriedades como Gugu Liberato, emocionando a população quando morrem e mais ainda por morte acidental, como a dele.
O fascínio ainda gerado pelas apresentações populares na TV aberta, produzindo e destacando grandes líderes de audiência, em um país onde a maioria da sua população nos fins de semana fica diante da tevê por não dispor de maiores recursos para outros entretenimentos, acaba gerando um elo profundamente sentimental dos astros e estrelas com o seu público.
Quando ocorre a morte de um deles, e de forma trágica como ocorreu com Gugu – e ainda por cima fora do país –, essa população mais sofrida e sem recursos sente o fato como se tivesse ocorrido com um ente querido e de laços consanguíneos.
O vazio emocional daí resultante provoca esse sentimento coletivo de tristeza, do qual o Brasil é um dos campeões mundiais. Basta nos lembrarmos dos mais recentes, para melhor entender uma história que amiúde se repete, abatendo-nos a todos.
Enquanto sentimos – e aqui quase todos os brasileiros incluídos – essa perda irreparável, começamos a vislumbrar a possibilidade de um país melhor para todos. Deixando de lado as preferências políticas que quase todos temos, há uma esperança de melhoria na economia do país e por consequência podendo beneficiar, ainda que de forma insuficiente pelo grau de dificuldade que a grande maioria da população brasileira passa, desde os menos afortunados como os que têm condições de vida um pouco melhores que aqueles.
Não incluímos propositalmente aqui as diversas faixas da população de alta renda, protegidas das agruras que têm vitimado nos últimos anos mais de oitenta por cento dos brasileiros.
Aqui entra o valor incomensurável da publicidade, razão maior de ser da existência deste PROPMARK. Quaisquer que sejam os meios, o aumento da publicidade em decorrência da melhoria econômica do país produzirá resultados ainda melhores para a população, quaisquer que sejam as fatias das suas classes sociais.
Os países mais adiantados sabem o quanto dessa posição que privilegiadamente ocupam no ranking econômico mundial se deve à utilização constante do ferramental publicitário, pouco importando aqui a distinção dos meios ou o reconhecimento à evolução sempre constante do digital.
São apenas meios, que não podem prevalecer sobre o principal da comunicação publicitária, que são as suas campanhas e mesmo as suas peças isoladas, desde que pertinentes e extremamente criativas, atraindo o consumidor como sempre ocorreu na já longa história da atividade publicitária em todo o planeta.
Uma boa campanha supera até mesmo o produto que anuncia e curiosamente muitos deles já nem existem mais, mas uma boa parte dos que foram seus consumidores recorda-se desta ou daquela campanha, ou até mesmo desta ou daquela peça de um produto ou serviço que já desapareceu do mercado.
O PROPMARK, pela primeira vez, procederá um reconhecimento ao mercado, com a eleição dos melhores do ano na área da comunicação, em dez categorias: agências de propaganda, agências de live marketing, produtoras, anunciantes, empresas de OOH, plataforma digital, meios de comunicação, criativos, profissionais de marketing e campanhas.
Mais de uma centena de profissionais do setor, ouvidos pela nossa Redação, votaram espontaneamente. Os resultados dessa pesquisa serão publicados em nossa próxima edição impressa (data de capa 9/12/19).
Em época de premiações publicitárias e afins, revelamos aos nossos leitores os vencedores do Prêmio Veículos 2019, com a votação sendo feita pelos membros da Academia Brasileira de Marketing, fundada e presidida pelo consultor e autor Francisco Madia de Souza.
Muitos dos meios premiados, como a Jovem Pan AM, se repetem, o que é bom para o mercado, pois conseguir manter uma liderança, qualquer que seja o meio, por anos a fio, é sinal incontroverso de que a fórmula do sucesso não só se mantém, como é constantemente aperfeiçoada.
Imperdível nesta edição a história dos dez anos do Android (sistema operacional do Google) no Brasil. Mesmo em passagem rápida, a matéria revela e justifica o sucesso do sistema nesta sua primeira década entre nós.
Está emocionante a campanha de fim de ano da Rede Globo, atraindo a atenção do público para os seus formatos, com a garantia de quem sempre tem percorrido o bom caminho da comunicação.
Em momento até de troca de alguns profissionais, a emissora demonstra que o caminho da boa qualidade é imbatível.
Fernando Vasconcelos, responsável desde a sua criação pela Abracomp da regional de Brasília do Prêmio Colunistas, conta que na entrega da 35ª versão do mesmo na capital federal reuniram-se para receber suas láureas, no Unique Palace, cerca de 700 profissionais presentes à maior festa do mercado publicitário local.
Armando Ferrentini é diretor-presidente e publisher do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br)