Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram e captam nossa atenção e nossas emoções na hora de torcer pelos atletas. Os olhos do mundo estão voltados para as quadras, águas e os campos onde se sagram os novos campeões mundiais. No entanto, para nós que estamos no Brasil, tudo isso acontece na madrugada, por isso, a melhor forma de acompanhar é ajustando o fuso, ou assistir a tudo pelo digital, no dia seguinte ou quando der.
Um evento que chama a atenção e mobiliza o mundo nunca passa despercebido, mas com a interação digital tão forte e poderosa tudo foi potencializado.
Se em eventos anteriores estávamos focados em meios oficiais para acompanhar as competições, agora vemos das mais diferentes perspectivas, indo do telejornal oficial, passando pelos stories e vídeos feitos pelos organizadores das arquibancadas, chegando ao ponto de termos a perspectiva dos atletas que, vem dividindo seus momentos com seus seguidores, nos aquecimentos, áreas comuns, lanches, momentos de preparação…
Mas o que de fato a possibilidade do virtual pode influenciar na visão do telespectador? Tudo!
É muito diferente saber que um atleta se prepara por anos e ver como ele está de fato vivenciando a experiência. Ver a vila olímpica a partir dos olhos de quem mora lá, é como chegar o mais perto possível sem ser um elemento que de fato esteja participando do evento.
Se somarmos esses dois fatos: jogos na madrugada e as redes sociais, podemos arriscar a dizer que temos a cobertura mais completa de um evento esportivo mundial.
Se as Olimpíadas normalmente chamam a atenção, em uma situação como a atual, ela torna-se um elemento ainda mais poderoso, já que marcas e patrocinadores ganham audiência de um público que pela pandemia, naturalmente já está mais em casa, o que se potencializa pelo fuso.
A comunicação, historicamente, acompanha os hábitos evolutivos da sociedade, e se estamos com o celular nas mãos por muito tempo, é lá que você irá encontrar tendências, comunicação e consequentemente, marketing.
Do isotônico tomado no treino, passando pela meia, tênis, garrafa de água… tudo é espaço publicitário a ser preenchido, e que dependendo da situação pode ganhar até mais destaque e visibilidade do que a exposição na parte de trás de uma camisa.
As olimpíadas e o marketing digital com atletas, levanta ainda uma outra questão relevante. Na disputa por espaço, quem ganha mais destaque? Um patrocinador oficial ou a marca que aparece na rotina do atleta? Uma ganha em visibilidade e awareness e a outra em assertividade a um público específico, o que garante conversão e retenção.
O que vimos aí?
Além da chuva de conteúdo, que veio das emissoras e organizadores e dos perfis dos próprios atletas, vimos ainda a internet reproduzindo e criando uma série de conteúdos e memes. Muito diretamente, a produção memética pode e deve ser algo a fomentar ainda mais alguns esportes e personalidades.
Fomos abastecidos também com tendências de moda, cabelos e penteados lançados por atletas de outras nacionalidades e até filtros temáticos do instagram surgiram no maior evento esportivo do mundo.
Além do fato das plataformas digitais darem voz e palanque para todos os atletas. É uma espécie de emissora individual, onde cada um pode dar sua coletiva, justificativas, homenagens.
Tóquio está mais próxima do que se imagina, e as redes ganharam ainda mais destaques. O nome dos medalhistas já tem surgido, com Rebecas, Ítalos, Rayssas e tantos outros que encheram de orgulho o Brasil e o mundo. Mas o sucesso do digital, definitivamente, é uma certeza.
Flávio Santos é CEO da MField