A ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) realizou nesta sexta-feira (04), no auditório Philip Kotler, em São Paulo, o lançamento do ‘Relatório de Riscos para Negócios Internacionais’, desenvolvido por professores e um grupo de alunos do curso de Relações Internacionais Corporativas da instituição de ensino. O objetivo é ajudar empresas brasileiras a aumentarem as chances de sucesso em investidas multinacionais.
“Uma escola de excelência como a ESPM não é apenas uma transmissora, mas também uma geradora de conhecimento. Este trabalho é resultado de uma pesquisa voluntária de diversos professores junto com um grupo de alunos que perceberam a dificuldade de internacionalização pelas empresas brasileiras. É um trabalho fantástico que demorou mais de um ano para ficar pronto e que já está disponível. Caso alguma empresa tenha interesse em algum setor específico do relatório, que traz informações de 47 países, a ESPM consegue aprofundar os estudos especificamente para a empresa solicitante sob o financiamento da mesma”, revela Dalton Pastore, diretor-presidente da ESPM.
Para debater desafios e trocar experiências sobre como as empresas brasileiras atuam no exterior, a ESPM convidou Marcio Utsch, presidente da Alpargatas, Monica Herrero, presidente da Stefanini Brasil e Marcos Andrade, presidente da Expor Manequins. Os profissionais trocaram informações sobre como as empresas brasileiras podem alcançar mais espaço no mercado internacional.
“Trabalhamos com grandes marcas na Alpargatas, mas vou focar na Havaianas, pois é o produto que as pessoas mais conhecem. Construímos com a marca uma escada de quatro degraus. No primeiro ser líder local, no segundo exportação, em terceiro internacionalizar e, no quarto degrau, que ainda não alcançamos, que é ser uma companhia global, o que estamos trabalhando para alcançar em 2020. Nossa primeira operação foi nos Estados Unidos, mas já estamos presentes em 104 países com 20 operações próprias”, comenta Marcio Utsch, presidente da Alpargatas.
Apostar na brasilidade de seus produtos ajudou as empresas a se destacarem em outros mercados. “A brasilidade precisa ultrapassar o local comum e não apenas falar de futebol e samba. Com Havaianas falamos da criatividade, beleza, cor, energia enfim, de coisas que ficam com a marca. Tivemos que aprender as novas dinâmicas do mercado internacional para entender como se comportam os concorrentes, moeda, língua e mercado. Se pudesse ajudar no relatório da ESPM diria que é importante para uma decisão internacional entender em que ‘cluster’ de oportunidade a marca quer estar”, reforça Utsch.
Além da presença de convidados da ESPM, estudantes e jornalistas, o Fórum contou com a palavra do presidente da República, Michel Temer, que finalizou o evento relembrando os tempos em que era professor da PUC-SP e que no mundo conectado é fundamental que tenhamos relações internacionais.
“Gosto muito de receber este tipo de convite, pois sei que vou falar com aqueles que formarão o Brasil. Os trabalhos da ESPM mostram como é possível antever riscos e, com isso, neutralizá-los. Os riscos não devem paralisar quem deseja empreender. Buscamos uma economia mais atenta e integrada com o mundo. Como a comunidade internacional verifica o outro país? Ele verifica as suas possibilidades e potencialidades. Não há empresário que invista sem saber que vai ganhar. A propaganda não pode ser falsa. Devemos propagar os bons dados do país. Os investidores internacionais acompanham todos esses dados. Estamos devolvendo o Brasil ao trilho do desenvolvimento”, declara Michel Temer, presidente da República do Brasil.