Todas as batalhas que envolvem a defesa da liberdade de comunicação social, desde que feita com responsabilidade, valem a pena. A frase é de Sandra Martinelli, presidente-executiva da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), que tem nessa defesa um dos pilares essenciais da sua atuação e existência, dos quais nunca abrirá mão.
Sandra afirma que o ano foi de muito trabalho, mas de importantes conquistas. Entre as mudanças destacadas, houve a posse de Juliana Nunes, vice-presidente de Assuntos Corporativos, Sustentabilidade, RH e Compliance da Brasil Kirin, a primeira mulher hoje à frente da entidade. A entidade também investiu em formação profissional, realizou 15 eventos com mais de 200 palestrantes e estreitou relacionamento com a WFA (World Federation of Advertisers).
“Chegaremos a 2017 em um momento de consolidação do nosso conceito central do ‘marketing para transformar’. Esse processo se dará com o fortalecimento de vertentes já trabalhadas atualmente, abrangendo a ampla orientação dos anunciantes brasileiros, a aproximação ainda maior do meio acadêmico por meio da ABAcademy, atuar nacionalmente com a ampliação de nossos eventos para novos mercados regionais, além do alinhamento global devido à aproximação à WFA”.
Segundo ela, o papel da ABA vem se transformando, acompanhando as mudanças na sociedade e no mundo. Há o avanço digital e a necessidade das marcas de acolherem a diversidade, mantendo-se atentas às questões de gênero, faixa etária e até as tensões nesse cenário em mutação, resultantes da pluralidade de comportamentos. “Estamos acompanhando intensamente a evolução da sociedade e nossos eventos, além de fóruns como Comitês e Grupos de Trabalho, trabalham constantemente essas questões. O cenário está ficando mais complexo, assim como nossa atuação”, diz.
Para ela, o papel da entidade é, cada vez mais, representar, defender e orientar os anunciantes brasileiros. Dentro disso, debater e disseminar conhecimentos sobre as melhores práticas de comunicação e marketing – o que vem sendo trabalhado sob o viés da nova proposta de regionalização da gestão de Juliana Nunes.
Os entraves pela frente são, naturalmente, limitações de recursos para tudo o que é necessário fazer. Mas no lugar disso, a entidade e seus colaboradores vêm procurando manter seu foco na busca de soluções. Para ela, o pior de 2016 foi a crise econômica, que deixa fortes marcas em diversos segmentos.
“Mas acreditamos que também ficam importantes aprendizados e, alguns deles, estimulam a reinvenção em alguns aspectos, da nossa parte e de toda a sociedade”, pondera.
O que há de positivo pela frente é que o marketing evolui em direção à força do propósito e da verdade.
“As marcas estão descobrindo seus propósitos e, por meio deles, estão mudando a forma de se posicionar e contar suas histórias. A busca das marcas pela conexão com as pessoas encontra cada vez mais sua força motriz na transmissão de histórias verdadeiras”, conclui Sandra.