A Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) não vai fazer qualquer tipo de advertência à Africa no caso Zeca Pagodinho. A informação é do presidente da entidade, Dalton Pastore, da Carillo Pastore Euro RSCG. “Não é o papel da Abap fazer advertências isoladas. Nosso papel é defender o negócio das empresas associadas. Não nos envolvemos na ética de uma peça publicitária isolada porque isso é um papel do Conar, entidade que a Abap apóia. Também não nos envolvemos em nenhuma disputa comercial entre agências porque para isso existe o Cenp, que também tem o apoio da Abap”, disse Pastore.
Na tarde desta quarta-feira houve uma reunião, em São Paulo, com representantes das 20 maiores agências do país. O encontro estava agendado desde o começo de fevereiro. A Abap, segundo Pastore, programou a cada três meses, reunião com os dirigentes das 32 maiores agências (Grupos 5 e 6), que “embora minoria, representam o grande volume da publicidade brasileira”. As reuniões têm o objetivo de discutir projetos da entidade. “Não foi marcada uma reunião para discutir esse assunto (Zeca Pagodinho)”, ressaltou Pastore.
O caso Zeca Pagodinho é o assunto da semana no mercado publicitário. O artista, que estrelou comercial da Fischer América para o lançamento da Nova Schin, e que tem contrato com o grupo Schincariol até setembro de 2004, está em campanha da concorrente Brahma criado pela agência Africa.
Segundo Pastore, o caso Zeca Pagodinho foi de fato comentado na reunião – “Não há como não falar sobre uma atitude que tenha tanto impacto na ética do nosso negócio”, mas a entidade não vai se manifestar sobre a polêmica.
Marcello Queiroz