Com o auditório Philip Kotler lotado, a ESPM realizou no último dia 4 o Fórum Riscos para Negócios Internacionais, iniciativa dos responsáveis pelo curso de relações internacionais da escola (ver cobertura nesta edição).

No evento, destacou-se o lançamento do primeiro índice de Riscos em Negócios Internacionais, que monitora 14 indicadores que afetam os negócios em 44 países do planeta.

Nessa apresentação, destacou-se um painel com três empresas convidadas a dar o seu depoimento sobre a exportação de produtos brasileiros. Dele participaram Marcio Utsch, CEO da Alpargatas, Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini, e Marcos Andrade, CEO da Expor Manequins.

Mas, a grande surpresa estava reservada à segunda parte do evento: o presidente da diretoria executiva da ESPM, Dalton Pastore, havia convidado Michel Temer para discorrer sobre as relações internacionais do Brasil.

O presidente da República abordou o tema durante uma hora, lembrando episódios recentes da sua atuação junto a governantes de outros países, para que estreitem suas relações comerciais.

Abrindo sua fala, fez questão de lembrar a importância de uma sociedade organizada, para o aumento dessas relações entre os países.

Brincando com Dalton Pastore, em clima descontraído, lembrou que em um jogo do Corinthians em Itaquera, casa lotada, esse público não significa uma sociedade. Porém, se meia dúzia deles se reunirem depois para determinado fim, organizados e oficialmente, pode-se dizer que aí está uma sociedade.

Alguém brincou em voz baixa com o companheiro do lado, afirmando que na Arena Palmeiras, lotada ou não, sempre seria uma sociedade, tendo em vista a denominação oficial do clube…

Em sua apresentação, onde não faltou à saída um grupinho de jovens gritando o Fora Temer, o presidente da República abordou encontros nos últimos meses com diversas lideranças mundiais, que resultaram na expansão do nosso comércio internacional.

Fez questão de ressaltar que um dos países mais parecidos com o nosso, em suas andanças, notou ser a Rússia e o governo Putin também o mais semelhante do governo brasileiro.

O presidente da República, levando em conta a ESPM ser na origem uma escola de propaganda, deteve-se alguns minutos na sua apresentação, em enaltecer a atividade publicitária, mola propulsora do consumo e em consequência do desenvolvimento. Repetiu com ênfase que “a propaganda não pode ser falsa”.

 

***

 

Esta edição do PROPMARK traz os vencedores do Colunistas São Paulo, versão 2017/18, cuja agência de propaganda vencedora foi uma vez mais a AlmapBBDO. Nossa reportagem colheu depoimentos de Luiz Sanches, pela AlmapBBDO, e de Fernando Musa, pela Ogilvy, além de outros responsáveis por players premiados no tradicional Colunistas.

 Há, também, nesta edição, um resumo dos 19 cases premiados no  Marketing Best 17/18, cujas empresas vencedoras receberão seus troféus na noite do próximo dia 22, no Tom Brasil, em São Paulo.

***

 

A febre das consultorias não passou, mas as agências de propaganda sentiram a ameaça e investem na sua recuperação perante o mercado, apostando na tese de que são insubstituíveis no que se propõem a fazer.

Um ranking internacional do AdAge recentemente divulgado mostra dados que apontam para o crescimento das primeiras, porém, também para uma significativa recuperação das agências.

 

***

 

O Cannes Lions, sempre o festival da comunicação publicitária mais querido do mercado brasileiro, embora muitos outros tenham surgido despertando atenções gerais, divulgou na última semana a relação dos 21 jurados brasileiros que atuarão nas diversas categorias do evento, desta feita a ser realizado em apenas cinco dias.

Nossos jurados deste ano, nem todos famosos a ponto de serem conhecidos por todo o mercado, têm a grande responsabilidade de batalhar durante os julgamentos, para que seus companheiros de júris voltem a reconhecer na propaganda e na comunicação do marketing brasileiro, o que de melhor se faz no planeta.

A partir daí, entenderem sua missão naquele trabalho, de julgar a melhor propaganda/comunicação publicitária e não países de origem. Exemplo: se um atacante da terceira divisão do nosso futebol faz um gol inesquecível, esse gol deve ser premiado e mostrado ao mundo, não prevalecendo a eventual desimportância do seu clube.

Nem sempre tem funcionado assim e esse desvio de finalidade foi o que fez Washington Olivetto, anos atrás, romper com Cannes, acusando um complô de jurados ingleses contra trabalhos da sua agência.

Se não está nas suas memórias no livro recém-lançado (Direto de Washington), está nos anais do PROPMARK, cujo editor inclusive recomendou pessoalmente e depois em editorial do jornal a WO se conformar naquele momento final do festival, quando tudo já estava decidido.

 Olivetto não só não nos escutou, como deflagrou uma guerrilha contra o PROPMARK chegando ao extremo de proibir jornalistas e representantes comerciais do nosso jornal a entrarem na sua agência.

Tempos depois, já refeito da sua indignação, suspendeu as ordens erradas dadas ao seu pessoal em São Paulo.

Sua volta à razão, fez-nos convidá-lo para ser um dos palestrantes da Semana da Criação que se realizaria logo em seguida, o que foi aceito por ele, que brilhou como das vezes anteriores em que palestrou no evento.

E hoje mora na Inglaterra.

 

***

 

Este Editorial é em homenagem a Hugo Rodrigues, que atendeu GM por 18 anos na Publicis e vê agora a conta de varejo da tradicional multinacional migrar desta para a WMcCann, cujo CEO hoje é ele mesmo, Hugo Rodrigues.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).