Com problemas de sinal e as constantes reclamações dos usuários cobrando melhorias na entrega de serviços ofertados, a TIM pode ser punida se não melhorar a qualidade das suas operações, afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Isso, segundo ele, poderia incluir, em último caso, a suspensão das vendas de novos planos de telefonia móvel por parte da operadora.

O posicionamento mais firme do ministro reverberou na ações da TIM negociadas na Bovespa, que às 15h30 caíam 7,18%, sendo negociadas a R$ 9,83. Bernardo ponderou que o intuito não é prejudicar os resultados, mas sim garantir melhor qualidade aos usuários. Segundo ele, as reclamações com a insatisfação ao serviço prestado pela operação envolve entre seis e sete estados. A próxima medida, afirmou o ministro, é estabelecer um prazo para que a operadora consiga entregar o serviço conforme a demanda apresentada.

A operadora tem sido alvo frequente de reclamações e paródias nas redes sociais. A cena clássica de “Gabriela” subindo ao telhado agora é acompanhada pelo texto “Consegui um sinal da TIM”, o que também acontece com a passagem do filme “O Rei Leão” em que o babuíno Rafiki ergue o personagem Simba: “É assim que você se sente quando está procurando sinal do celular?”, seguido do slogan “Você, sem sinal”, sátira ao “Você, sem fronteiras”.

Posicionamento:

Procurada pelo propmark, a TIM encaminhou um comunicado assinado por Rogério Tostes, diretor de relações com investidores, em que afirma “desconhecer a existência de medida tão extrema, bem como os fundamentos dela”, em relação ao que chama de “rumores” sobre a possível restrição à oferta à comercialização de seus serviços.

A operadora informa ainda que tem investido ao ano em torno de R$ 3 bilhões desde 2009, com destino quase que total dos recursos à infraestrutura, e que vem “cumprindo e seguindo rigorosamente as orientações da Anatel em matéria de qualidade, que é assunto de análise contínua da Agencia com as operadoras”.

Tostes aborda também os projetos de infraestrutura que a TIM está desenvolvendo para suportar a demanda e “capturar” oportunidades no mercado nacional, como expansão de redes, ampliação de cobertura do 3G, aumento da capacidade em 2G e implantação do 4G, entre outros.