1. Não poderia ser outro o tópico de abertura deste editorial, senão o de uma homenagem a esse gigante e um dos pioneiros do jornalismo publicitário no Brasil, Elóy Simões.
Amigo de todos e incapaz de qualquer demonstração de desafeto, Simões foi redator em muitas grandes agências de propaganda do nosso mercado, assinando em paralelo à sua carreira profissional diversas colunas sobre propaganda em jornais do país.
Foi diretor de redação da revista Propaganda e do Caderno de Marketing, um apêndice anual do propmark que trazia os resultados do Colunistas (ainda em uma única versão abrangendo o eixo Rio-São Paulo) e uma análise completa do mercado nos últimos doze meses que antecediam a publicação.
Autor de vários livros sobre publicidade, com destaque para “Bordões, slogans & conceitos na publicidade brasileira” (Editora Unisul), teve papel relevante na consolidação do Colunistas, de cujos júris participou até o ano passado.
Quando, nesses júris, restava uma dúvida entre os jurados sobre a qualidade de um trabalho concorrente, em comparação com outros exponenciais, sua palavra era definitiva, enumerando um a um todos os porquês dos trabalhos em disputa naquele momento e convencendo o colegiado sobre o que merecia o prêmio maior.
Elóy Simões era um apaixonado pelo ensino publicitário, sendo com frequência convidado a ministrar aulas e palestras em escolas e seminários sobre a comunicação do marketing.
Destacou-se como professor na ESPM e no Curso de Comunicação Social da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul, do qual foi inclusive coordenador de marketing.
2. A maior homenagem que se pode prestar a uma figura exemplar como foi Elóy Simões, é reproduzir palavras de alguns dos seus incontáveis amigos ao saberem da sua morte.
Começamos por José Roberto Penteado, diretor-presidente da ESPM: “Elóy era um grande amigo e um publicitário exemplar. Entre suas maiores contribuições estão a sua permanente atividade como professor, – inclusive na ESPM – e também em faculdades de São Paulo e Santa Catarina. Também destacou-se por defender sempre, em toda a parte, a importância e a dignidade da profissão de publicitário. Em ambas as atividades, era um grande comunicador: seu texto – jornalístico ou publicitário – era impecável; e as suas observações, coloridas por fina ironia, sempre produziam bons resultados, fosse em vendas de produtos e serviços, fosse na persuasão ao interlocutor sobre suas ideias, sempre bem-intencionadas”.
Luiz Lara assim manifestou: “Perdemos o Elóy, que sabia tudo de propaganda. Escreveu ótimos livros. Um craque!”.
As palavras de Alexis Pagliarini: “Elóy foi um dos inspiradores da minha carreira profissional. Que descanse em paz!”.
Hiran Castello Branco: “Perdemos um amigo”.
Oscar Colucci: “É a vida. O Elóy era muito querido por todos e uma grande alma. Fique em paz, com Deus”.
José Francisco Queiroz: “Mais um grande cara se vai. Triste. Não terei mais ninguém a me chamar de Zé Fran”.
Ivan Marques: “Foi meu professor de Redação Publicitária na ESPM e uma grande referência nos meus anos de profissão. Uma pena e perda irreparável para todos nós que amamos nosso trabalho e pessoas como ele. Condolências à família”.
Oscar Mattos: “Elóy leva consigo uma parte da história da propaganda brasileira. Uma pena!”.
Angelo Franzão: “Triste, grande profissional e sempre preocupado com a qualidade e desempenho do mercado publicitário”.
Antoninho Rossini: “Uma boa parte da história da propaganda brasileira foi embora. Por onde Elóy passou, deixou amigos. Autor de livros sobre os meandros da criação publicitária, tinha planos de concluir mais um, sobre o qual tínhamos agendado um encontro nos próximos dias em São Paulo”.
Fernando Vasconcelos: “Perdi um amigo que vai deixar muita saudade. Conversávamos constantemente. Um ser humano maravilhoso. Esteve presente no júri do Prêmio Colunistas Brasília por quase três décadas. Antes da sua recaída disse a ele: ‘melhora logo porque vou precisar de você no júri do 30º Prêmio Colunistas Brasília’. Resposta: ‘irmão, se for da vontade de Deus, estaremos juntos’”.
3. O jornal Zero Hora (Grupo RBS), em comemoração aos seus 50 anos, acaba de lançar um livro que registra os principais momentos (ilustrados) das suas edições nessas cinco décadas e os planos para o futuro.
O livro, de 240 páginas, é envolto por significativa capa com a logo do jornal e o compromisso: “Papel. Digital. O que vier”.
Nelson Sirotsky, Presidente do Conselho de Administração, e Eduardo Sirotsky Melzer, Presidente do Grupo RBS, assinaram o seguinte texto ao propmark:
“Ao completar 50 anos, Zero Hora passou por uma das mais impactantes mudanças de sua história. Modernizamos nossa identidade visual e criamos novas editorias. Reforçamos nosso foco digital e estamos investindo para garantir um jornal ainda mais conectado às novas formas do público de consumir informação. Celebramos também a nossa história pelas 240 páginas de ‘ZH 50 anos’. O livro reconta em fotos e pequenos textos os principais fatos que marcaram o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo nas últimas cinco décadas, sempre com um olhar local, marca registrada de ZH.
Investir em comunicação é um desafio diário que compartilhamos. A história de Zero Hora é um orgulho para a nossa empresa e para nossa família. Queremos dividir este momento com vocês”.
Este editorial foi publicado na edição impressa de Nº 2510 do jornal propmark, com data de capa desta segunda-feira, 11 de agosto de 2014