Messias: nos tornamos a marca de maior visibilidade no mundial

 

Independentemente do resultado da Copa neste domingo (13), a Adidas – patrocinadora dos finalistas Alemanha e Argentina – considera-se a grande vencedora na batalha das marcas esportivas do maior evento de futebol do planeta. A grande final com os dois mais importantes times do portfolio de patrocínios da empresa alemã, que por sinal também patrocina Messi e o artiheiro alemão Müller, foi a grande consagração – ao lado de outros números significativos como a venda de oito milhões de camisas oficiais e 14 milhões de bolas Brazuca, um milhão a mais que a Jabulani, da última Copa, realizada na África do Sul. Houve recorde de vendas de camisas da Alemanha: cerca de 2 milhões.

“Acreditamos que ganhamos a Copa. Talvez não pela quantidade, mas certamente pela qualidade. Acreditamos que nos tornamos a marca de maior visibilidade no mundial, conquistamos mais de três milhões de seguidores no Twitter, e nossos filmes bateram recordes de visualização”, diz Rodrigo Messias, diretor de Copa do Mundo da Adidas. Mais alguns números da performance digital da marca: o Twitter de Brazuca já atingiu a marca de três milhões de seguidores e o Brasil ajudou bastante neste número.

A página de Facebook no Brasil ganhou 500 mil fãs durante a Copa e já conta com mais de quatro milhões de pessoas. É a maior página da Adidas na rede social no mundo entre as voltadas ao futebol. O perfil local no Twitter (@adidasfutebol) é o maior do segmento de marketing esportivo no país, com mais de 600 mil seguidores. Os comerciais para a Copa do Mundo (“O Sonho”, “House Match” e “Battle Pack”)  tiveram mais de 11 milhões de visualizações. O game “Desafio tudo ou nada”, que Adidas lançou em parceria com Google, teve mais de 250 mil jogadores ativos. As ações digitais geraram mais de 900 mil leads ou click para o site Adidas.

Em vendas, foram gerados cerca de dois bilhões de euros. Messias conta que as camisas da Argentina ficaram em segundo em vendas globais e que a camisa que surpreendeu a todos em performance de vendas foi a da Colômbia – outro time patrocinado pela Adidas.

Marca terá uma edição especial da Brazuca para a final entre Alemanha e ArgentinaSegundo ele, a ideia de fazer uma segunda camisa alemã homenageando o carioca Flamengo foi muito acertada e contribuiu para a excepcional performance global em vendas. “Demos a ideia e o time alemão adorou. Em Copa isso é bastante incomum, mas tenho certeza que haverá vários times imitando no futuro”, disse o executivo. “A final entre nossos dois times foi perfeita para a marca, que patrocina 200 atletas e nove federações participantes do mundial. Não poderiamos estar mais felizes. É uma situação bastante confortável”, complementou.

Nesta sexta-feira a Adidas lançou nas redes sociais um vídeo comentando a rivalidade Alemanha x Argentina, produzido em parceria com sua agência, a TBWA. E já preparou dois vídeos para a final – naturalmente, apenas um deles será veiculado. A Adidas manteve no Rio um QG chamado Posto, no Clube de Regatas do Flamengo, onde cerca de 100 profissionais trabalharam desde 10 de junho para gerar conteúdo em tempo real. Parte desse time trabalhou na produção dos vídeos. Para a grande final, a Adidas trouxe seu mais celebrado patrocinado: David Beckham, com quem pretende realizar algumas ativações.

 

https://www.youtube.com/watch?v=yk59B0lsZZ8

 

A Alemanha se mantém como o principal mercado para a Adidas, que certamente torce secretamente pela vitória de seu país de origem. Outros países tornam-se cada vez mais relevantes em vendas: EUA, Russia e China. A Adidas patrocina a Fifa – e consequentemente a Copa – desde 1970.

Sobre o fiasco do Brasil na semifinal contra a Alemanha, Messias disse, politicamente, que “é do jogo, é do futebol”. “É preciso agora batalhar pelo terceiro lugar com dignidade, não se deixar abater, resgatar o brio”, disse. Ele acredita que o Brasil saiu-se bem na “entrega” da Copa como um todo.

Sobre os efeitos junto às marcas que tradicionalmente patrocinam o futebol no Brasil, ele não acredita em efeito negativo de longo prazo. “Há um desanimo geral quando o país-sede sai da Copa, mas isso não impacta as marcas a longo prazo. O futebol toca o coração das pessoas, em especial dos brasileiros. Daqui a pouco vêm as Olimpíadas e começa tudo outra vez. O futebol continua sendo uma plataforma fantástica”, concluiu.