O mobile é a bola da vez e o relatório 2014 Best of the Best (U.S) e dados do Adobe Mobile Consumer Survey February 2015 do Adobe Digital Index (ADI) comprovam o crescimento de page views, visitas e conversão dos websites a partir de smartphones e tablets. Apesar de esses dispositivos estarem em alta em alguns países, os celulares com telas maiores tem causado uma diminuição no uso de tablets. Outro fator relevante apontado pela pesquisa é o interesse crescente por mobile wallets, que possibilitam o pagamento sem utilização de um cartão físico.
O crescimento da internet via mobile tem levado a uma separação entre as companhias e indústrias médias e top-performances. De acordo com o relatório, Mídia e Entretenimento (M&E) proporcionaram as melhores experiências mobile e estão tendo crescimento na quantidade de visitantes. As melhores performances tiveram porcentagem de crescimento de acessos nos websites vindos dos smartphones (15.5%) e tablets (13.4%).
“Mídia e Entretenimento tem conteúdo mobile mais atraente do que outras indústrias”, disse Tamara Gaffney, analista da ADI. De fato, ela adiciona, sites de M&E têm maior quantidade de tempo gasto com visitas, superando o varejo. “Outras indústrias puderam, certamente, aprender com M&E”, disse.
O ADI identificou, também, um aumento de 2% no share de visitantes que acessam sites dos Estados Unidos via smartphones, de 35% para 37%. Telas grandes de celulares, como o iPhone 6 e iPhone 6 Plus da Apple, estão impactando os padrões de uso.
De acordo com o Internet Data Center (IDC), a Apple produziu 74,5 milhões de iPhone 6 e iPhone 6 Plus no quarto trimestre de 2014, batendo seus concorrentes, como a Samsung. Para melhor entender o impacto que esses dispositivos de tela grande têm tido nos padrões de uso dos consumidores, o ADI analisou mais de 100 bilhões de visitantes de sites durante seis meses.
Eles constataram que a maioria dos consumidores de mídia mobile via smartphones estão concentrados nas visualizações de vídeos. “Os smartphones de telas grandes, de fato, têm um impacto positivo nas tendências de uso mobile”, disse Gaffnery. “Visualizadores de smartphones gastam 24% a mais no tempo de visita consumindo vídeos. E esse aumento no consumo é uma boa notícia para as companhias de mídia”.
Joe Martin, analista da ADI, afirma que o impacto da grande tela está atingindo a forma como os usuários estão utilizando seus dispositivos. “Antes, quando as pessoas chegavam em casa, elas pegavam seus tablets para relaxar e usar os aplicativos, por conta do tamanho da tela. Com as telas grandes, elas podem ter uma boa experiência no smartphone também, podendo assistir vídeos ali mesmo”, afirma Martin.
O uso de tablets para acessar sites nos Estados Unidos caiu 5,5%, de 9,1% para 8,6%. Dados globais, no entanto, indicam que, em vários países, ainda cresce o uso de iPad, e eles ainda dominam a posição global com mais de 70% das visitas vindas de tablets em 40 países.
Em particular, o uso do iPad está forte na Suécia, Dinamarca e Noruega, perto dos 90%. Países que são mais sensíveis aos preços, como a China, o share dos tablets chega a 81%. No Brasil a porcentagem atinge 68%. No entanto, em países onde a grande tela está sendo adotada com força, como Singapura, Estados Unidos, Hong Kong, Grécia e Itália, o uso do iPad está caindo, informa o relatório.
Com 258,61 milhões de dispositivos vendidos, a Apple, em geral, aparece no topo das escolhas dos consumidores de vídeos. De fato, 29% dos vídeos autenticados da TV Everywhere (TVE) vem dos iPads, mais de 60% de todo o TVE começa de alguma tecnologia Apple (iPhone, iPad, Apple TV, Mac ou iMac).
O relatório destaca que as mobile wallets já despontam com sucesso. O ADI conduziu uma pesquisa com 1000 usuários de mobile em fevereiro de 2015 e encontraram pessoas usando mobile wallets em número superior ao que esperavam. Próximo da metade dos consumidores usaram mobile wallet (26%) ou planejam usar (21%) nos próximos seis meses.
Uma inesperada demanda por Apple Watch foi constatada na pesquisa. Cerca de 27% dos que possuem um smartphone ou tablet e quem ainda não possui um smartwatch disse que gostaria de comprar um nos próximos seis meses. Destes, 67% afirmaram que desejam um Apple Watch, especificamente.
“Apple Pay está crescendo nos Estados Unidos. Quando você quer comprar alguma coisa, basta inserir sua ID e não precisa usar o cartão de crédito ou seus documentos. Temos percebido um crescimento significativo no interesse dos consumidores por esse tipo de serviço”, analisa Martin.