Quando começou 2015, uma das previsões mais comentadas do mercado era que o mobile viveria um ano de pleno crescimento. E a tendência foi confirmada. De acordo com dados da consultoria eMarketer, estima-se que mais de 49 milhões, ou um em cada quatro brasileiros, já possuam smartphones. Além disso, o investimento das empresas em publicidade já chega a aproximadamente US$599,3 milhões por ano. 

Diante deste cenário de pleno crescimento, no qual 70% da população mundial deve usar smartphones até 2020, algumas ferramentas e elementos do mobile começam a se destacar. Uma retrospectiva elaborada pela Adsmovil, que trabalha com publicidade móvel na América Latina e no mercado hispânico nos Estados Unidos, elenca os sete principais destaques do setor neste ano. 

 1) Programática: De acordo com a previsão da consultoria eMarketer, os investimentos nesse formato de mídia devem saltar de US$ 600 mil, em 2014, para US$ 4,2 milhões quando os números deste ano sejam totalmente compilados. Outro estudo da RBC Capital Markets e da Adversting Age aponta o mobile como a número 1 em termos de oportunidade para o crescimento de mídia programática, de acordo com 33% dos profissionais de marketing entrevistados. 

 2) Adblocks: apesar de ter sido o tema mais polêmico do ano em mobile, é preciso destacar que os Adblocks existem há mais de 12 anos e já era uma realidade em desktops. No mercado latino-americano, outro ponto importante a destacar é que o iOS na América Latina representa apenas 10% dos dispositivos móveis e, no Brasil, menos de 10%, o restante é Android. Apesar do crescimento de adoção de ad blocks, os dados mostram que o impacto não chega a 7% das impressões. Por outro lado, existe uma relação direta entre o crescimento de adblocking e a compra de mídia programática, que ocorre quase em sua totalidade em apps. 

3) Vídeos: este é considerado o formato da vez em termos de consumo de conteúdo. Na América Latina, o Brasil é o país que mais contribui no total de visualizações com 48,7% de participação ou 59,2 milhões de visualizações de vídeos digitais, de acordo com dados divulgados pela Emarketer. Os smartphones lideram o ranking dos dispositivos onde os vídeos são assistidos com 5.2 horas semanais. 

4)Mobilegeddon: em abril, o Google sacramentou a importância de os portais serem mobile-friendly ao alterar seu algoritmo dando preferências no ranking de busca aos sites amigáveis. Ter sites adaptados e otimizados para mobile torna-se questão de sobrevivência para que o tráfego gerado seja convertido em vendas. 

5) Mobile advertising como fonte de vendas: aos poucos as marcas passam a enxergar a publicidade mobile como um recurso valioso em gerar vendas. Um bom exemplo é a campanha da marca Amopé, criada pela Adsmovil em conjunto com a Havas e que representou a primeira vez que a Reckitt Benckiser lançou uma marca no Brasil tendo como principal estratégia a publicidade mobile. O click-through-rate deste case foi quatro vezes maior do que a da campanha realizada em web e 26% dos produtos vendidos foram realizados via dispositivos móveis graças às inúmeras e precisas possibilidades de segmentação em mobile. 

 6) Cross-media: em 2015 vivemos o ápice do conceito da segunda tela. Nunca se viu tantas hashtags no canto da televisão durante os programas. As pessoas estão sempre online e abre-se uma gama de oportunidades para marcas, produtores de conteúdos e agências criarem novas maneiras de se conectar com os consumidores, em tempo real, integrando diferentes canais. Neste contexto, a publicidade mobile emerge como o principal recurso para viabilizar essa interação. 

7) Varejo: o mobile passa a determinar cada vez mais um papel determinante no varejo, tanto como ponte entre o físico e virtual, como fonte de compras. De acordo com o estudo realizado pelo Coupofy, espera-se que o comércio mobile cresça 42%, enquanto o e-commerce tradicional deve crescer apenas 13%. As estratégias de geolocalização aliadas à segmentação na publicidade mobile serão essenciais para gerar tráfego qualificado às lojas físicas. A geração dos Millenialls que cresceu com a internet e smartphones estão liderando o comércio via mobile e a expectativa é de que a geração seguinte, os Centennials ou geração Z, faça a maior parte de suas compras via smartphone.

 “Em 2018 devemos ter 20 bilhões de dispositivos conectados em todo mundo. Se você não pensar que mobile liderará a próxima geração de usuários, você fracassará”, opina o CEO da Adsmovil.